ECONOMIA

Dia das Mães: mesmo com menos dinheiro e isolamento social, maioria dos pernambucanos vai comemorar a data

O percentual ainda é inferior à intenção verificada na mesma época nos anos de 2019 e 2018

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Julianna Valença

Publicado em 29/04/2021 às 15:47 | Atualizado em 29/04/2021 às 17:39
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Mesmo com menor poder aquisitivo e o isolamento social, a maioria dos pernambucanos ainda pretende comemorar o Dia das Mães em 2021. De acordo com levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), em parceria com o SEBRAE-PE, 66,4% dos pernambucanos pretendem comemorar a festividade. Ainda assim, o percentual é inferior à intenção verificada na mesma época nos anos de 2019 e 2018, quando atingiu, respectivamete, 80,8% e 75,7%. Em 2020, a pesquisa não foi realizada devido à pandemia da Covid-19.

O estudo comparou a resposta de 1.400 consumidores com pesquisas dos anos anteriores. Para o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, o percentual é reflexo do cenário atual.

“Após baixa adesão em duas datas anteriores importantes para o setor, o Carnaval e Páscoa, devido às restrições das realizações dos eventos sociais e elevação de câmbio, o cenário para a comemoração do Dia das Mães é impactado negativamente por uma demanda desaquecida das festas e já era esperado”, diz.


Com a cautela das famílias e o orçamento cada vez mais limitado, a comemoração escolhida pela maioria dos pernambucanos, 59%, foi a comemoração em casa. A compra de presente ficou em segundo lugar, alcançando 29% da preferência de quem pretende comemorar a data.

As demais, como ida a restaurante, bares e as viagens tiveram baixa adesão, impactado pelo cenário de pandemia da covid-19.


COMPRAS

Os principais itens escolhidos para presentear as mães nessa data foram as roupas ou acessórios de vestuários, perfumaria, cosméticos, calçados e acessórios são as principais escolhas. Segundo apurado no estudo, a maioria das pessoas deseja desembolsar entre R$ 50,00 e R$ 100,00. O local preferido dos consumidores para realizar as compras dos presentes tem sido o comércio tradicional e forma de pagamento mais utilizada será o pagamento à vista.

No estudo, também foram analisadas informações estratégicas à classe empresarial, já que o comércio é bastante afetado com a falta de comemorações das datas festivas. Para Rafael Ramos o estudo pode nortear ações importantes dos comerciantes. “Auxilia na tomada de decisão quanto às ações que permitem aos empresários alavancar vendas neste momento crítico”, explica.

O comércio pernambucano tem elevada importância para o desenvolvimento econômico, chegando a injetar cerca de R$ 6 bilhões no Estado. De acordo com o Novo Caged, o setor emprega de maneira formal mais de 296 mil pessoas, o que equivale a 24% de todos os empregos formais de Pernambuco, até fevereiro de 2021.

 

Entre os mais jovens:

 A faixa de idade com a maior intenção de comemoração é de pessoas entre 18-29 anos, seguida pelas pessoas de 30-49 anos, com percentuais de 69,3% e 66,5%, respectivamente.

Rafael Ramos acredita que a adesão da faixa-etária seja maior em detrimento ao avanço da vacinação na população. “Essa configuração pode estar sendo influenciada ainda pelo processo de pandemia da covid-19, visto que os mais jovens abriram mão em muitas datas comemorativas no ano de 2020, de estar próximo a familiares por trazer um risco para os mais velhos. Já em 2021 esse risco foi sendo reduzido devido ao avanço do plano de vacinação”, explica observa Ramos.

 

Recorte de classe:

 Apesar de todas as classes de rendimento apresentarem percentuais superior a 50%, a atual conjuntura econômica também criou diferenças na intenção de comemoração no recorte de renda. Entre as famílias com renda entre 1 e 2 salários mínimos, 65% pretendem comemorar a festividade, enquanto as com rendimento superior a 10 salários mínimos, cerca de 85% informaram que vão comemorar a data.

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