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Pernambuco realiza cadastro para coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas

Iniciativa integra campanha nacional que tem como objetivo ampliar as chances de identificação de desaparecidos, através do confronto com os dados do Banco de Perfis Genéticos do Brasil

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Bruna Oliveira

Publicado em 25/05/2021 às 17:25 | Atualizado em 25/05/2021 às 17:56
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A Polícia Científica de Pernambuco irá coletar amostras de DNA de familiares de pessoas registradas como desaparecidas no Estado. O objetivo é integrar a campanha nacional fomentada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), lançada nesta terça-feira (25), Dia Internacional da Criança Desaparecida. Podem participar parentes de primeiro grau de pessoas desaparecidas - pai, mãe, irmãos e filhos - que se cadastrarem em um dos 12 postos de coleta abertos nas unidades de Polícia Científica localizados no Grande Recife e interior de Pernambuco. A campanha quer ampliar as chances de identificação de desaparecidos, através do confronto com os dados do Banco de Perfis Genéticos do Brasil.

Pernambucanos interessados em realizar o cadastro devem ligar, a partir desta quarta-feira (26), para a Central de Agendamento no (81) 3183-5388 ou ir pessoalmente em uma unidade da Polícia Científica. A coleta será realizada a partir da semana de 14 a 18 de junho, quando ocorrerá a mobilização nacional. É preciso apresentar o boletim de ocorrência no qual se registrou o desaparecimento.

Na Região Metropolitana do Recife, os pontos de atendimento serão o Instituto de Medicina Legal Antônio Persivo Cunha (IMLAPC), localizado no Centro do Recife; o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), que fica em Jaboatão dos Guararapes; e o posto do IML no município de Paulista. Os moradores do interior poderão procurar as Unidades Regionais de Polícia Científica de Caruaru, Garanhuns, Palmares, Nazaré da Mata, Petrolina, Arcoverde, Ouricuri, Salgueiro e Afogados da Ingazeira.

De acordo com a gerente geral da Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, é importante fazer o uso do DNA para identificar e localizar pessoas desaparecidas. "O uso do DNA se mostra cada vez mais eficaz e muitas vezes é o único recurso capaz de acabar com o sofrimento de famílias que vivenciam a dor do desaparecimento. Ao cadastrar esses perfis genéticos em todo o Brasil, será possível dar a inúmeras famílias um desfecho para a angústia de não saber o que ocorreu àquele ente querido. Pernambuco já tem o terceiro maior banco de perfis genéticos de restos mortais não identificados, e agora poderemos avançar no cadastro de possíveis familiares dessas pessoas", explicou.

Além do material genético dos familiares, será possível cadastrar DNA dos próprios desaparecidos. O cadastro se dará por meio de material coletado em objetos pessoais, como escovas de dentes e aparelhos de barbear que eram usados pelo parente desaparecido.

Legislação

O Projeto Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas para Inclusão nos Bancos de Perfis Genéticos é uma iniciativa do da Senasp e do Comitê Gestor da RIBPG, criado a partir da Lei Nº 13.812/2019, e conta com o apoio da Polícia Federal. Essa lei estabeleceu a Política Nacional de Pessoas Desaparecidas e prevê apoio financeiro da Secretaria Nacional de Segurança Pública aos Estados, no intuito de custear o processamento das amostras de cadáveres não identificados nos bancos de perfis genéticos - assim como as amostras de familiares de 1º grau de pessoas desaparecidas com registro de ocorrência na Polícia Civil.

 

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