MEIO AMBIENTE

Mistério que ronda toneladas de lixo supostamente do Recife que apareceram em praia do nordeste ainda sem solução

Um mês depois, ainda não há resposta para toneladas de lixo supostamente do Recife que apareceram nas praias do RN e da PB

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JC

Publicado em 27/05/2021 às 13:46 | Atualizado em 27/05/2021 às 19:25
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atualizada às 19h25

No dia 21 de abril de 2021, moradores dos municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte se surpreenderam com a quantidade de lixo que apareceu em suas faixas litorâneas. Em Tibau do Sul, que fica a 77 quilômetros de Natal, alguns objetos encontrados entre as toneladas de detritos urbano e hospitalar trazidos pelo mar contavam com a identificação do Recife, o que deu a entender que o lixo teria vindo da capital pernambucana. Desde então, análises são feitas pela Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), mas nenhum resultado foi apresentado ainda.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) deu a previsão de que os resultados devem ser divulgados até o final da próxima semana. Na época em que os dejetos foram encontrados, o órgão afirmou que estava em com o órgão ambiental do Rio Grande Norte e que iria unir forças para identificar a causa do aparecimento de resíduos no litoral daquele Estado. No entanto, ressaltou que nenhum incidente havia sido constatado junto aos municípios litorâneos nem aos portos de Pernambuco.

"Já foi solicitado ao Rio Grande do Norte que encaminhe os relatórios com a análise do material encontrado nas praias e também uma mostra dele para que técnicos da Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) possam analisá-lo", disse.

Moradores encontraram na areia da praia uma mochila escolar do Recife e um título de eleitor da capital pernambucana. Além disso, o material trazido pelo mar inclui bolsas, garrafas plásticas, chinelos, seringas e eletrodomésticos. No Rio Grande do Norte, praias como Pipa (em Tibau do Sul) e Barra do Cunhaú (em Canguaretama) receberam um volume expressivo de lixo. Na Paraíba, as mais atingidas foram praias da capital, João Pessoa, e dos municípios de Conde e Cabedelo.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) abriu uma investigação para apurar o lixo encontrado nas praias do litoral sul do Rio Grande do Norte. Mas, segundo o órgão, a investigação principal, neste momento, está sob responsabilidade dos órgãos estaduais.

Por meio de nota, a Secretaria de Meio Ambiente e a Agência CPRH informaram que "seguem trabalhando em cooperação com os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba para o mapeamento, perícia, análise quantitativa e qualitativa do material encontrado no litoral desses Estados, com o objetivo de identificar o(s) causador(es) do dano ambiental".

Leia a íntegra

"Dentro das ações promovidas pela Rede de Apoio dos Estados para o enfrentamento ao lixo do mar do Consórcio Nordeste, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas/PE) e Agência CPRH seguem trabalhando em cooperação com os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba para o mapeamento, perícia, análise quantitativa e qualitativa do material encontrado no litoral desses Estados, com o objetivo de identificar o(s) causador(es) do dano ambiental.

Além de enviar técnicos para periciar o material em questão, a CPRH vem realizando a coleta e análise de dados referente à movimentação e ao volume de resíduos registrados nos quatro aterros sanitários que atendem os municípios litorâneos de Pernambuco. Também vem solicitando informações às empresas responsáveis pelo recolhimento e destinação de resíduos hospitalares nessa região. Até o momento, uma empresa já foi multada em R$ 5 mil por se negar a fornecer os dados à fiscalização."

A reportagem do JC tentou entrar em contato com as secretarias do Meio Ambiente da Paraíba e do Rio Grande do Norte, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.

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