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Roberta, mulher trans queimada no Recife, apresenta quadro de "altíssimo risco" e continua na UTI

Internada no HR desde o crime, no dia 24 de junho, Roberta foi novamente intubada nesse domingo (4), e precisou ser transferida para a UTI na tarde dessa segunda-feira (5)

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Vanessa Moura

Publicado em 06/07/2021 às 10:16 | Atualizado em 06/07/2021 às 10:17
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Mulher trans de 33 anos teve 40% do corpo queimado e está internada no Hospital da Restuaração. Suspeito seria um adolescente, já detido
Mulher trans de 33 anos teve 40% do corpo queimado e está internada no Hospital da Restuaração. Suspeito seria um adolescente, já detido - Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem

O estado de saúde de Roberta Nascimento Silva, a transexual de 33 anos que teve 40% do corpo queimado durante tentativa de homicídio no Cais de Santa Rita, no Centro do Recife, permanece sendo grave, segundo informou a assessoria de comunicação do Hospital da Restauração (HR) nesta terça-feira (06). 

Internada no HR desde o crime, no dia 24 de junho, Roberta foi intubada nesse domingo (4), ao apresentar depressão respiratória, e precisou ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ainda na tarde dessa segunda-feira (5), onde continua até o momento.

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"Ontem [no domingo] a noite ela começou a ter depressão respiratória, queda na saturação de oxigênio. Foram feitas todas as manobras necessárias para não fazer procedimento invasivo, mas, como ela não respondeu, às 21h20 ela foi para ventilação mecânica. Está agora sedada", disse o médico Marcos Barreto, Chefe do setor de queimados do HR. Ainda segundo ele, o quadro da paciente é de "altíssimo risco". 

O especialista explicou que a vítima passou por um "novo procedimento cirúrgico de retirada de tecido desvitalizado" na manhã dessa segunda "no restante das queimaduras, que foram bem extensas, principalmente no tronco, frente e verso". Além disso, afirmou que outro "entrave na evolução do caso" é o comprometimento pulmonar em Roberta.

Cirurgias

A primeira cirurgia para a amputação do braço ocorreu no dia 26 de junho, no membro esquerdo, a nível do ombro. No dia 30, ela precisou amputar o braço direito. De acordo com o HR, o ataque provocou queimaduras de terceiro grau em seu corpo, chegando à musculatura.

Como denunciar LGBTfobia

A sociedade em geral e a população LGBTI podem denunciar qualquer ato violador dos seus Direitos pelo CECH, através dos números (81) 3182-7665/ 3182-7607, do e-mail centrolgbtpe@gmail.com, ou presencialmente na sede do órgão localizado na Rua Santo Elias, 535, bairro do Espinheiro. O governo do estado garante sigilo das informações. Já a Prefeitura do Recife disponibiliza plataforma online de denúncias contra LGBTfobia através do link https://bit.ly/DenunciaLGBTRecife. Vítimas também podem procurar o Centro de Referência em Cidadania LGBT do Recife. O equipamento fica na Rua dos Médicis, nº 86, Boa Vista, e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. 

 

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