Polícia apreende mais de R$ 10 milhões em mercadorias falsificadas no Centro do Recife
Foram confiscadas quase mil peças, pesando, ao todo, cerca de 30 toneladas
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) divulgou nesta sexta-feira (6), em coletiva de imprensa, os detalhes da Operação Castelo de Areia, que apreendeu mais de R$ 10 milhões em produtos falsificados no bairro de São José, área central do Recife. Deflagrada nessa quinta-feira (5), a operação confiscou 978 produtos, pesando aproximadamente 30 toneladas. Duas pessoas foram presas em flagrante. A Operação de Repressão Qualificada (ORQ) expediu cinco mandados de busca e apreensão.
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Iniciada em outubro de 2020, a investigação teve como objetivo identificar, localizar e prender integrantes da associação criminosa especializada em importar produtos falsificados e revendê-los para serem comercializados em estabelecimentos de todo o Estado. Segundo as apurações, o grupo criminoso importava os produtos via containers. Os produtos chegavam pelo Porto de Suape, na Região Metropolitana da capital, e eram revendidos para os comerciantes de diferentes regiões de Pernambuco.
As mercadorias estavam expostas, à venda, em três lojas e acondicionadas em depósitos situados no bairro de São José. Esta foi a 53ª ORQ ano realizada pela PCPE em 2021.
A delegada titular da Delegacia do Consumidor (Decon), Thaís Galba, conduziu a investigação e destacou que o volume da apreensão aponta que os comerciantes tinham grande aporte financeiro.
"Os comerciantes tinham três lojas que funcionavam em uma galeria no bairro de São José. Aparentemente, eram comerciantes comuns, com lojas pequenas e sem tanta expressividade. Essa galeria já havia sido alvo de operação há aproximadamente três anos. Isso coibiu a ação por um tempo, mas agora eles voltaram com carga total", explicou a delegada.
"Das seis pessoas procuradas, duas foram presas em flagrante e as outra conseguiram se evadir, porque no momento em que nós chegamos elas saíram e não foram mais encontradas nos estabelecimentos. Essas duas pessoas presas estão aguardando o resultado da audiência de custódia", completou a delegada.
A polícia retirou de circulação perfumes, bolsas, sapatos, produtos eletrônicos e outros materiais diversos. Alguns equipamentos, que não têm o risco de causar mal à saúde, serão doados para instituições de caridade, dando um fim social para as peças. Já os materiais com risco de toxicidade, como os perfumes e eletrônicos, serão destruídos pela Receita Federal.
Carlos Eduardo Oliveira, auditor da Receita Federal, disse a quantidade de material apreendido superou as expectativas dos órgãos de controle. "Pensávamos que seriam 10 toneladas e foram 30, três vezes mais. O valor pode ser até maior do que o divulgado (R$ 10 milhões) porque ainda estamos abrindo, vendo e estimando o valor de cada mercadoria", afirmou.
A operação da PCPE foi realizada em parceria com a Receita Federal e a Secretaria da Fazenda. Ação teve também o apoio do Instituto de Criminalística e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU). Foram mobilizados, no total, sessenta policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, vinte e um servidores da Receita Federal, entre auditores, analistas, e doze servidores da Secretaria da Fazenda.