INFRAESTUTURA

Sob risco de deslizamento de barreira, moradores de Moreno, no Grande Recife, cobram atitudes de órgãos competentes

As fortes chuvas que tomaram a região nos últimos dias provocaram o deslizamento do sedimento, que arrisca invadir as casas próximas

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Julianna Valença

Publicado em 15/12/2021 às 14:00 | Atualizado em 16/12/2021 às 12:19
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O risco de ser mais uma vítima do deslizamento de barreira tem tirado o sossego de moradores do bairro de João Paulo, em Moreno, no Grande Recife. As fortes chuvas que tomaram a região nos últimos dias provocaram o deslizamento de terra, que arrisca invadir as casas próximas.

>> Deslizamentos de barreira no Grande Recife: o drama de quem vive uma tragédia anunciada

Reprodução/TV Jornal
A residência da dona de casa Gisele Batista foi atingida pelo deslizamento. - Reprodução/TV Jornal

A água barrenta invadiu a casa da dona de casa Gisele Batista, que fica logo abaixo da parte que cedeu. Ela perdeu tudo: móveis, roupas, objetos pessoais e brinquedos das crianças. Foi a moradora quem ajudou a tirar o sedimento de dentro da residência. "A lama invadiu a cozinha, o quarto das crianças, a sala e saiu pelo terraço. Foi muita água”, afirma com tristeza.

A vizinha Sueli da Silva, também dona de casa, ajudou a limpar a residência atingida e reclama da ausência das autoridades responsáveis. “A Defesa Civil veio aqui, mas praticamente não resolveu nada. Eles não foram encaminhados para o CRAS, nem tiveram acesso a uma feira básica ou um colchão. Um outro vizinho foi quem doou o colchão para as crianças terem onde dormir”, declarou.

Quem mora na parte de cima da barreira também teme pelo deslizamento. O desempregado Fábio Barros,  fica apreensivo com a possibilidade de perder tudo o que construiu e ficar sem nada. “Eu tenho muito medo, corremos risco quando cai uma chuva. A gente mora aqui há 20 anos e nunca fizeram nenhuma obra para resolver. Falam que vão fazer, mas não acontece nada”, enfatizou.

À TV Jornal, a Prefeitura de Moreno informou que uma equipe da Defesa Civil foi enviada ao local para realizar o levantamento dos danos causados pela barreira e o que será necessário fazer para evitar danos futuros. Ainda de acordo com a gestão, as construções de um muro de arrimo e de um novo curso d'água serão necessárias.

A previsão é que as obras sejam iniciadas apenas em janeiro de 2022 e concluídas em março. De acordo com a prefeitura, uma equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) deve ser enviada ao local para cadastrar as vítimas e verificar as necessidades.

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