JÚRI POPULAR

Tragédia na Tamarineira: júri é suspenso e será retomado nesta quarta-feira (16)

A juíza Fernanda Moura de Carvalho vai reiniciar a sessão às 9h para ouvir mais duas testemunhas

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Filipe Farias

Publicado em 15/03/2022 às 20:10 | Atualizado em 16/03/2022 às 19:21
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O primeiro dia do júri popular de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável pela colisão que matou três pessoas e deixou mais duas feridas, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017, foi suspenso pouco depois das 19h desta terça-feira (15). O julgamento será retomado nesta quarta-feira (16), a partir das 9h, quando mais duas testemunhas serão ouvidas. 

>> Homem que provocou colisão e deixou três mortos na Tamarineira se desespera em julgamento: ''me mate, me mate''

A juíza de direito Fernanda Moura de Carvalho presidiu a sessão na 1ª Vara do Tribunal do Júri, Fórum Rodolfo Aureliano, no bairro da Joana Bezerra. Ao todo, sete testemunhas foram ouvidas, dentre elas amigos e a tia de João Victor Ribeiro (motorista que dirigiu bêbado e provocou o acidente), além do advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, sobrevivente que perdeu a esposa Maria Emília Guimarães da Mota Silveira e o filho Miguel Arruda da Mota Silveira Neto, além de a filha, Marcela Arruda da Mota Silveira, ter ficado com sequelas devido ao trágico acidente no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Estrada do Arraial.

"Decidimos pela suspensão do julgamento para continuar com as outras instruções de mais duas testemunhas amanhã (16), com a sessão sendo reiniciada às 9h. Os jurados ficarão incomunicáveis, em um hotel, sob vigilância dos oficiais de justiça", declarou a juíza Fernanda Moura de Carvalho, ao final da sessão.

Durante o depoimento emocionado do advogado Miguel da Motta Silveira, que perdeu a esposa e o filho na colisão, o acusado entrou em desespero. João Victor se jogou no chão, pediu para ser morto e pediu desculpas. A sessão foi interrompida e o homem retirado por policiais.

Em outro momento da sessão, a tia de João Victor depôs afirmando que o sobrinho era dependente álcool. "Ele era doente, alcoólatra. Mas nunca fez mal a ninguém por conta da bebida. Ele teve dois internamentos (em clínicas de reabilitação) aqui no Recife", declarou a técnica de enfermagem, Cláudia Noemia Moreira Ribeiro, que estava de plantão no Hospital Agamenon Magalhães no da hora do acidente.

Ainda segundo a tia do acusado, além de álcool, ele também fazia uso de maconha. "Ele era doente. Foi um acidente. João Victor não saiu de casa jamais com a intenção de matar ninguém", falou Cláudia Noemia.

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