A pedido da Compesa, Polícia Civil realiza operação contra lavagem de dinheiro e peculato
Operação Hidrômetro é realizada pela 2ª Delegacia de Combate à Corrupção
A Polícia Civil desencadeou uma operação batizada de "Hidrômetro" na manhã desta quinta-feira (21), com o objetivo de desarticular uma associação criminosa, após um requerimento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Os crimes investigados são peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação e lavagem de dinheiro.
Nesta manhã, foram cumpridos, no município de Paulista, no Grande Recife, quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e sequestro de bens e valores.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da Vara de Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife.
A polícia informou que as investigações começaram em março deste ano, a pedido da própria Compesa.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontaram que uma funcionária aumentava o próprio salário na folha de pagamento, além de adulterar o cadastro de ex-servidores para que valores fossem repassados a ela. Clique para ler mais sobre as investigações.
O prejuízo é estimado em pelo menos R$ 1,2 milhão, valor que foi sequestrado das contas da mulher.
Trinta policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participaram da operação.
A polícia apreendeu celulares, notebooks, notas fiscais, e outros documentos, alguns deles em envelopes da Compesa.
A operação Hidrômetro é presidida pelo delegado Diego Pinheiro, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção, unidade integrante do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Resposta da Compesa
Em nota, a Compesa informou que a funcionária foi demitida por justa causa, e que as investigações agora estão a cargo da polícia. Confira:
"A Compesa informa que o controle interno da companhia identificou, no início do primeiro semestre de 2022, irregularidades na folha de pagamento e, imediatamente, instaurou sindicância interna para apurar o fato, além de notificar a Polícia Civil para as devidas apurações.
O procedimento interno foi concluído em maio de 2022 e a funcionária envolvida foi demitida por justa causa, bem como ajuizada ação para reparação aos cofres públicos.
Portanto, de agora em diante, cabe a Polícia Civil a conclusão do inquérito para que as medidas cabíveis sejam tomadas."