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Recuo

Após solicitar aumento de 11,68% na conta de água dos pernambucanos, Compesa desiste de reajuste

A discussão sobre o aumento, no entanto, será retomada em 2023, quando já estava previsto um processo de Revisão Tarifária Ordinária

Renata Monteiro
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Renata Monteiro
Publicado em 20/06/2022 às 17:50
TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM/ILUSTRATIVA
CONTA Discussão sobre o reajuste será retomada em 2023, quando já estava prevista a Revisão Tarifária Ordinária - FOTO: TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM/ILUSTRATIVA
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Em aviso publicado no Diário Oficial do último sábado (18), a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) informou que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) desistiu do processo de revisão extraordinária que poderia elevar o valor da conta de água do Estado em 11,68% já no mês de julho. A discussão sobre o reajuste, no entanto, será retomado em 2023, quando já estava previsto um processo de Revisão Tarifária Ordinária.

No início deste mês, a Compesa solicitou à Arpe a revisão extraordinária da tarifa de água e esgoto dos pernambucanos. Na época, a empresa alegou que "apesar de todos os esforços para otimizar os custos nos últimos anos, os impactos econômicos trazidos pela pandemia de covid-19, com diminuição de produção industrial mundial, pressão cambial e consequente inflação associados a crise hidroenergética brasileira, vêm pressionando o caixa da empresa em decorrência de sucessivos aumentos de custos relacionadas ao câmbio e energia, especificamente, os Produtos Químicos e a Energia Elétrica".

Uma audiência pública chegou a ser convocada pelas Arpe para debater o tema e a a deputada estadual Priscila Krause (Cidadania) protocolou junto à agência uma manifestação para constar na reunião contendo cinco argumentos para que o aumento não fosse viabilizado. Nesta segunda (20), após tomar conhecimento do recuo da Compesa, a parlamentar comemorou.

Reprodução
Compesa - Reprodução

"É uma vitória de todos os pernambucanos, que não aguentam mais pagar tão caro por um serviço que não atende às expectativas mínimas. Entendemos que a nossa participação no caso, apontando as falhas do processo de revisão extraordinária, foram decisivas para esse recuo e seguiremos em cima das contas da companhia, que pelo menos no papel apresenta bons resultados, como um lucro 40% maior em 2021. Agora é aguardar de que forma a companhia vai se posicionar em relação ao reajuste anual, que não pode onerar injustamente o bolso das famílias e empresas pernambucanas", observou Priscila.

No ano passado, a Compesa reajustou as contas de águas duas vezes (2,40% em janeiro e 11,90% em julho), o que levou Priscila a apresentar um projeto de lei, ainda em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para que se tornasse proibido, no âmbito da Arpe, a homologação de dois reajustes ordinários de tarifas sob sua supervisão no mesmo exercício.

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