A origem e a composição química das novas “bolotas” de óleo que começaram a aparecer no litoral pernambucano, no fim da última semana, ainda seguem desconhecidas. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), a secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Capitania dos Portos têm trabalhado em conjunto para monitorar os pontos de aparição, além de concluir as análises laboratoriais do material.
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Nesta segunda-feira (29), a coordenadora de fiscalização ambiental da CPRH, Silvana Valdevino, esclareceu que há um prazo de até 30 dias para que algumas respostas em relação ao material encontrado sejam repassadas à sociedade.
“A gente iniciou na quinta-feira trabalho em campo para coleta de material. A Capitania dos Portos enviou o material para o laboratório da Marinha, no Rio de Janeiro; a Semas e a CPRH também enviaram material para um laboratório da UFPE”, explica Silvana.
Segundo ela, a Marinha pediu 30 dias para apresentar o resultado das análises; e a universidade federal mais 10 a 15 dias.
"As respostas são a composição do material, os danos que podem causar na saúde humana ou animal e, no caso da Marinha, também ter o comparativo com o material que a gente já registrou no litoral em 2019”, afirma ela.
Apesar de não ser categórica quanto à possibilidade do material encontrado agora estar relacionado às aparições de três anos atrás, a CPRH deixa em aberto a possibilidade das “bolotas” surgirem neste momento em função do vento e das correntes marinhas, como resquícios do material que já foi visto no litoral.
“Em 2019, o material apareceu no mês de outubro e foi até novembro. No ano de 2020 e 2021, tivemos aparições no mês de agosto (influenciadas por correntes marinhas e os ventos), o que pode ser o caso neste momento”, ressalta Silvana Valdevino.
Material coletado nas praias de Pernambuco
Em trabalho de campo no fim de semana, a CPRH identificou a presença do material em 11 praias do litoral pernambucano. O órgão reuniu as prefeituras litorâneas e secretarias de saúde, para ajustar o trabalho de limpeza urbana nas praias e orientações à população, que neste momento não têm nenhuma orientação de restrição do banho de mar ou contato com a areia da praia.
“Nosso alerta é no sentido de que quem ver ou tiver contato com o material informe à limpeza urbana do município ou à CPRH, pelo telefone: (81) 99488-4453”. Uma nova reunião de monitoramento será realizada na quinta-feira (1º).
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