RELIGIÃO

Dia de Nossa Senhora das Dores: conheça a história da santa celebrada em 15 de setembro

Este é um dos títulos que a Virgem Maria recebeu, referindo-se às sete dores que ela sofreu ao longo de sua vida terrestre

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Katarina Moraes

Publicado em 15/09/2022 às 6:39 | Atualizado em 15/09/2022 às 6:40
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Comemora-se nesta quinta-feira, 15 de setembro, o Dia de Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa). Este é um dos títulos que a Virgem Maria recebeu, referindo-se às sete dores que ela sofreu ao longo de sua vida terrestre, em especial na Paixão de Cristo.

Segundo o Terra Santa, o culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na Alemanha. Já a festa de Nossa Senhora das Dores começou em Florença, na Itália, no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria.

Ela é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração, conta a Canção Nova. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto.

Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa). Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando assim origem à famosa escultura chamada Pietà.

Quais são as 7 dores de Nossa Senhora?

  • 1. A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
  • 2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
  • 3. O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
  • 4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
  • 5. O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
  • 6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
  • 7. O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Por que Nossa Senhora das Dores é comemorada em 15 de setembro?

Em 1692, o Papa Inocêncio XII permitiu a sua celebração oficial no terceiro domingo de setembro. Mas, foi só por um período, pois, em 18 de agosto de 1714, a celebração foi transferida para a sexta-feira, que precedia o Domingo de Ramos.

No dia 18 de setembro de 1814, Pio VII estendeu esta festa litúrgica a toda a Igreja, voltando a ser celebrada no terceiro domingo de setembro.

Pio X (†1914) determinou que a celebração fosse celebrada em 15 de setembro, um dia após a festa da Exaltação da Santa Cruz, mas não com o título de “Sete Dores de Maria”, mas como “Nossa Senhora das Dores”.

Qual é a oração para Nossa Senhora das Dores?

“Ó Mãe das dores, recolhei as nossas lágrimas e sofrimentos, acolhei os nossos pedidos para que sejamos consolados e cresçamos em nossa fé. Lembrai de nós vossos filhos tão necessitados. Amém!”

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Quais outros santos e beatos são celebrados em 15 de setembro?

  • Em Roma, São Nicomedes, mártir, cujo corpo, guardado no cemitério junto à Via Nomentana, foi honrado pelo papa Bonifácio V com uma basílica sepulcral. († data inc.)
  • Em Tirnutium, junto ao rio Saône, na Gália Lionense, hoje Tournus, na França, São Valeriano, mártir. († data inc.)
  • Em Tómis, na Cítia, hoje Constança, na Romênia, os santos Estratão, Valério, Macróbio e Gordiano, mártires. († s. IV)
  • Nas margens do Danúbio, em território da atual Romênia, São Nicetas o Godo, mártir. († c. 370)
  • Em Lião, na Gália, atualmente na França, Santo Alpino, bispo, que sucedeu a São Justo. († s. IV)
  • Em Toul, próximo de Nancy, na Gália Lionense, também na atual França, Santo Apro, bispo. († s. VI)
  • No mosteiro de Jumièges, na Nêustria, atualmente também na França, Santo Aicardo, abade, discípulo de São Filiberto, que o nomeou prelado desse mosteiro. († s. VII)
  • Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Émila, diácono, e Jeremias. († 852)
  • Em Busseto, no território de Fidenza, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Rolando de
  • Médicis, anacoreta, que viveu em lugares inóspitos e solitários dos Alpes. († 1386)
  • Em Gênova, na Ligúria, também região da Itália, Santa Catarina Fiéschi, viúva, insigne pelo desprezo do mundo, frequentes jejuns, amor de Deus e caridade para com os indigentes e os enfermos. († 1510)
  • Em Hirado, cidade do Japão, o Beato Camilo Costanzo, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1622)
  • Em Santo Domingo Xagácia, no México, os beatos João Baptista e Jacinto dos Anjos, mártires. († 1700)
  • Em Viena, na Áustria, o Beato António Maria Schwartz, presbítero, que instituiu a Congregação de São José de Calasanz para os Operários Cristãos. († 1929)
  • Em Palermo, na Sicília, região da Itália, o Beato José Puglísi, presbítero diocesano e mártir, mais conhecido por Pino Puglisi. († 1933)
  • Em Llosa de Ranes, povoação da província de Valência, na Espanha, o Beato Pascoal Penadés Jornet, presbítero e mártir. († 1936)
  • Próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Ladislau Miegon, presbítero e mártir. († 1942)
  • Em Nápoles, na Itália, o Beato Paulo Manna, presbítero do Instituto Pontifício para as Missões Estrangeiras.(† 1952)

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