FORÇA-TAREFA

CHUVAS EM PERNAMBUCO: Governo faz novo mapeamento de áreas de risco e promete medidas imediatas para evitar acidentes

Vice-governadora do estado, Priscila Krause, esteve reunida na tarde desta terça-feira (7) com o Secretário de Proteção e Defesa Civil do Estado, Coronel Clóvis Ramalho

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 07/02/2023 às 19:33
Círio Gomes/JC Imagem
Jovem de 19 anos morreu após deslizamento de barreira em Águas Compridas, em Olinda - FOTO: Círio Gomes/JC Imagem

Após a confirmação da morte de um jovem, na segunda-feira (6), vítima de uma queda de barreiras em na Primeira Travessa da Rua 6 de Janeiro, no bairro de Águas Compridas, em Olinda, o governo do Estado iniciou uma força-tarefa para mapear os locais com maior risco de tragédias pelas chuvas para, em seguida, anunciar medidas resolutivas a fim de evitar novos deslizamentos.

Na tarde desta terça-feira (7), o Secretário de Proteção e Defesa Civil do Estado, Coronel Clóvis Ramalho, esteve reunido com a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, para definir as primeiras diretrizes a serem tomadas. "A Defesa Civil e o Governo já vêm mostrando preocupação com relação a esse tema tão sensível. Há mais de 15 dias conversamos sobre essa pauta e discutimos ações imediatas. Já houve reunião do governo junto com prefeituras, técnicos da defesa civil municipais... Tudo isso comandado pela vice-governadora. Claro que após o acidente de ontem, os esforços foram intensificados", contou o Coronel Clóvis Ramalho, em participação ao programa Balanço de Notícias, da Rádio Jornal.

De acordo com o Secretário de Proteção e Defesa Civil do Estado, só a Região Metropolitana do Recife (RMR) tem mais de 800 pontos críticos e com risco de acidentes. "Nos reunindo com o pessoal da Secretaria de Recursos Hídricos e já temos todo o mapeamento para preparar a metodologia de atuação das equipes técnicas e engenheiros nessa força-tarefa. A área da RMR é muito extensa. Existem mais de 800 pontos e setores críticos na Região Metropolitana. São populações muito grandes e, para termos um diagnóstico mais preciso, esse estudo precisa ser feito através das equipes da Defesa Civil, secretarias e órgãos, para atuarmos junto com as prefeituras", explicou.

Como esse trabalho é de médio, longo prazo, a atuação inicial vai ocorrer nas áreas que requer uma atenção com mais urgência. "A nova gestão do governo do Estado vem buscando cooperar com os municípios de forma mais intensificada, pois quem mora em área de morro é mais propenso aos riscos de vida, com deslizamento de barreiras e famílias atingidas. Quem mora em áreas de alagamentos também estão na lista dos prioritários, pois essas pessoas acabam tendo danos financeiros. Esse trabalho de mapeamento é para termos um diagnostico e, a partir daí, fazer um estudo de governança metropolitano. Essa é a ideia do governo, juntamente com prefeituras, traçar esse plano para tentar lidar com esses problemas que não são novos e já duram décadas em Pernambuco", esclareceu o Coronel Clóvis Ramalho.

RISCO DE NOVAS TRAGÉDIAS

Questionado sobre o risco de novas tragédias iguais a que ocorrem em 2022, quando mais de 130 pessoas morreram em decorrências de vários deslizamentos de barreiras, o Coronel Clóvis os acidentes do ano passado resultaram de situações atípicas. "As áreas atingidas realmente tinham uma topografia bastante peculiar do ponto de vista do risco e movimento de massa, além do grande volume de água naquela ocasião. Eram áreas de geografia bastante acidentada e, infelizmente, um evento natural muito adverso, muito extremo e que desencadeou aqueles acidentes", lembrou o Secretário de Proteção e Defesa Civil do Estado.

Para que a população pernambucana fique realmente em segurança, o secretário afirmou que é necessário um plano de habitação efetivo para tirar as pessoas dos morros. "A parte tecnológica também nos ajuda bastante hoje em dia. Sensores emitem alertas para a população garantindo assim um movimento de prevenção ao acidente. Tudo isso alinhado ao que o governo tem de projeto de habitação, que a principal medida para a redução drástica de mortes, que as pessoas morem em lugares seguros, sem ser em morro ou em lugares alagados", enfatizou.

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