Mais uma vez um banhista precisou ser retirado à força do mar no local que mais registrou ataques de tubarões em Pernambuco: a Igrejinha de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O fato aconteceu neste sábado (11/3), primeiro fim de semana após dois incidentes consecutivos com animais marítimos e com uma grande operação de fiscalização sendo realizada pelo poder público na orla urbana do Grande Recife.
No local, um adolescente teve a perna direita amputada após ser mordido por um tubarão no domingo (5/3). No dia seguinte, uma adolescente perdeu o braço esquerdo dilacerado também por um tubarão, a menos de um quilômetro da Igrejinha de Piedade. Além desses dois casos, um terceiro foi registrado no dia 20/2, em Olinda, com um surfista, que por sorte não perdeu membros.
Além dos ataques recentes, a área da Igrejinha de Piedade compreende um trecho de 2,2 quilômetros de extensão onde é proibido, desde 2021, o banho de mar, além da prática de esportes náuticos.
E como este sábado foi o primeiro depois dos últimos incidentes, as Prefeituras de Jaboatão dos Guararapes, Recife e Olinda montaram uma grande operação de fiscalização e educação nas praias para evitar possíveis ataques de tubarão.
BANHISTA FOI RETIRADO DUAS VEZES DO MAR
Apesar de todas essas razões, mesmo assim o banhista entrou no mar. A princípio, ele foi abordado pelos bombeiros militares e solicitada a sua saída da água. Mas o homem se recusou e, assim, foi retirado à força pelos salva-vidas.
Segundo informações da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, o banhista se chama Israel Ferreira, tem 42 anos e é morador de Cajueiro Seco, bairro do município. O homem chegou a sair da água depois de advertido por um bombeiro militar. Mas ele retornou e teve que ser retirado “sob resistência e praticando desacato".
O banhista foi levado para a Delegacia de Prazeres. A Justiça vai decidir se o banhista será preso preventivamente. Veja aqui
POLÍCIA PODE PRENDER QUEM SE NEGA A SAIR DO MAR EM ÁREA DE RISCO?
Em Pernambuco, decreto estadual em vigor desde 2014 prevê a detenção dos banhistas que se recusam a sair do mar nos trechos mais vulneráveis. No dia 6/3, logo após o ataque de tubarão em Piedade, um banhista também foi retirado à força do mar.
Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), o decreto determina a proibição de práticas "de esportes aquáticos de mergulho, natação, atividades náuticas e aquáticas similares” nas praias entre Olinda e o Cabo de Santo Agostinho. Também permanecem proibidos o surfe e o body boarding.
Quem não atender ao pedido do efetivo do Corpo de Bombeiros, por exemplo, pode ser detido e encaminhado à delegacia. Lá, assinará um TCO (termo circunstanciado de ocorrência) pelos crimes de desobediência, desacato ou resistência.
Ainda haverá a apreensão de pranchas, embarcações miúdas e outros equipamentos usados para a prática das atividades proibidas.
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