Subiu para cinco o número de mortos após o desabamento de um edifício de três andares no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, no Grande Recife. Uma mulher de 60 anos segue desaparecida.
O Corpo de Bombeiros informou, por volta das 19h desta sexta-feira (28), que havia localizado mais duas vítimas do sexo feminino. Elas seriam uma mãe, de 32 anos, e sua filha, de 16.
À tarde, foi encontrado o corpo de uma mulher, identificada como Maria José Barbosa da Silva, 52.
Estão confirmadas também as mortes de Everton Benedito dos Santos, de 14 anos, e de Rodolfo Henrique Pereira da Silva, 32.
Cinco feridos foram encaminhados para unidades de saúde do Grande Recife.
O desabamento aconteceu em parte do Edifício Leme, localizado na Rua Acapulco, por volta das 22h dessa quinta-feira (27). O incêndio só foi controlado às 00h49 desta sexta-feira.
Segundo testemunhas, o a estrutura do prédio estava comprometida há 22 anos. Apesar disso, 16 famílias moravam no local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, três mulheres e dois homens, cujos nomes não foram divulgados, foram socorridos e encaminhados para unidades de saúde.
Das vítimas retiradas com vida do local, duas estavam em estado grave e duas foram resgatadas com ferimentos leves.
Duas mulheres, ambas com 25 anos, foram encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olinda. Elas já tiveram alta;
Uma mulher de 30 anos foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Ela segue em observação, com quadro estável, sem gravidade;
Um homem de 45 anos foi encaminhado para o Hospital da Restauração. Ele tem quadro clínico estável após passar por uma cirurgia por causa de uma fratura na mão;
Outro homem, identificado como Ebenézer, resgatado por volta das 8h20 desta sexta-feira, foi levado pelo Samu para o Hospital da Restauração. Ele está passando por cirurgia por causa de um trauma na perna esquerda. O quadro clínico é considerado estável.
Em nota, a Prefeitura de Olinda informou que o Edifício Leme foi interditado em 2000, pela Defesa Civil, após uma vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
"Em seguida, os órgãos exigiram da seguradora do imóvel a demolição do mesmo. A mesma seguradora também é responsável pela vigilância do prédio que deveria proibir a ocupação", afirmou.
"A Prefeitura de Olinda atua junto à Justiça, a fim de obrigar as seguradoras a executarem as demolições. Dezenas de ações foram movidas pela Procuradora do Município. Como exemplo, têm-se os casos dos edifícios Verbena e JK, onde a Caixa Seguradora, responsável pela Guarda e Conservação dos prédios, foi obrigada a demoli-los, relocando eventuais ocupantes", continuou, na nota.
"Hoje, no entanto, existem casos em que a Justiça já determinou a demolição do imóvel, após a ação da Prefeitura, porém a seguradora se recusa a dar cumprimento à ordem judicial. E isso mesmo sendo cobrada multa diária no caso de descumprimento", disse a gestão municipal.
A governadora Raquel Lyra informou que o governo do Estado prestará apoio às vitimas do desabamento.
O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, informou que as secretárias do município vão prestar assistência as vítimas.
Estamos mobilizados para prestar toda assistência para as vítimas do Edifício Lene, que desabou há pouco, em Jardim Atlântico.
Todas as secretarias de Olinda seguem de prontidão para ajudar no que for preciso. — Professor Lupércio (@prof_lupercio) April 28, 2023