Habitação

Doze blocos do Conjunto Beira-Mar foram interditados após desabamento; número deve aumentar

De acordo com a Defesa Civil de Paulista, outros quatro blocos do Conjunto Habitacional Beira-Mar foram interditados; número deve aumentar

Carol Guerra
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Carol Guerra
Publicado em 11/07/2023 às 14:47 | Atualizado em 11/07/2023 às 18:39
RENATO RAMOS/JC IMAGEM
Blocos do Conjunto Habitacional Beira-Mar foram interditados após desabamento - FOTO: RENATO RAMOS/JC IMAGEM

Subiu para doze o número de prédios interditados que fazem parte do Conjunto Beira-Mar, localizado no Janga, na cidade de Paulista. De acordo com a Defesa Civil do município, em levantamento divulgado no início da tarde desta terça-feira (11), outros quatro blocos foram interditados, sendo eles o D4, D11, D12 e D13 (lado A). O número deve aumentar nos próximos dias.

Segundo o órgão, as vistorias seguem nesta quarta-feira (12), com previsão de interdição do lado B do bloco D13 e vistoria no bloco D14. Com as novas avaliações, sobe para 96 imóveis vistoriados e 16 interditados no município, desde 2007.

Confira a lista de imóveis interditados (até o início da tarde desta terça), divulgada pela Defesa Civil de Paulista

  • 2007: Arthur Lundgren II - blocos A e B de um edifício interditado na Rua Surubim (nome não divulgado) 
  • 2018: Conjunto Beira Mar - bloco D7 (desabou parcialmente neste fim de semana)
  • 2023: prédio em Jardim Maranguape (nome não divulgado)
  • 2023: prédio em Jardim Maranguape I (nome não divulgado)
  • 2023: Conjunto Beira-Mar - blocos D1, D2, D3, D4, D5, D6, D8, D9, D10, D11, D12 e D13

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sobe para sete o número de prédios interditados pela Defesa Civil de Paulista - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

 MPPE solicita relação dos imóveis interditados ou com risco de desabamento

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou uma reunião com a Defesa Civil de Paulista para solicitar o envio, no prazo de 15 dias úteis, da relação de todos os imóveis interditados ou diagnosticados com risco de desabamento no município. O encontro aconteceu na segunda-feira (10).

De acordo com o MPPE, o objetivo do diálogo é obter um levantamento preciso da situação para que, com base nos dados, o órgão possa traçar as medidas que serão adotadas, a fim de promover a demolição dos imóveis condenados, além da remoção, relocação e assistência às famílias ocupantes dos prédios.

"A 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Paulista (Curadoria do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo) confirma que realizou, no âmbito do procedimento administrativo, uma reunião com a Defesa Civil de Paulista solicitando o envio, no prazo de 15 dias úteis, da relação de todos os imóveis interditados ou diagnosticados com risco de desabamento no município, assim como que seja feito levantamento atualizado, acompanhado dos respectivos autos de interdição, se houver, além de indicar os endereços e classificação do grau de risco de cada um e se os mesmos se encontram ocupados por população carente", afirmou a nota.

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Blocos do Conjunto Habitacional Beira-Mar foram interditados após desabamento - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

Ainda na sexta-feira (7), o Ministério Público informou que a interdição do Conjunto Habitacional Beira-Mar, assim como sua reocupação, nunca foi comunicada ao órgão.

"Tal como ocorreu com os edifícios Zoe e Montecarlo também na cidade de Paulista, em que medidas judiciais foram adotadas, o primeiro deles já tendo sido demolido e o segundo contando com liminar deferida para medidas de segurança", afirmou o MPPE.

ASSISTA: Câmera de segurança registra momento do desabamento no prédio do Janga 

 

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