Família pernambucana pede doações para adolescente fazer transplante de medula, em São Paulo
Família de Abreu e Lima pede doações para arcar com os custos do tratamento e todo o período em que adolescente necessita ficar em São Paulo
Heitor Pontes, 14 anos, precisa realizar um transplante de medula óssea no estado de São Paulo, Sudeste do Brasil.
Desde os seis meses de vida, ele recebeu o diagnóstico da doença falciforme, que causa alterações nas hemácias do sangue.
De acordo com os familiares, que são moradores de Abreu e Lima, os custos do tratamento podem chegar a R$ 50 mil.
Família pede doações para custeio do tratamento em São Paulo
Em entrevista com a TV Jornal, a família de Heitor Pontes, de 14 anos, pede ajuda a todos que possam contribuir com o tratamento.
A mãe do adolescente, Josiane André, contou sobre a dificuldade diária: "Quando a gente recebeu o diagnóstico a médica nos falou 'se prepare para viver no hospital que seu filho provavelmente só vai viver até os 5 anos'. De lá para cá é muita luta com essa doença crônica".
"Eu como mãe, meu desejo é tirar essa dor dele para mim mesma. Ele fala que são dores como se fosse uma máquina passando por cima do corpo. E eu sempre estou com ele em todas as internações, eu preciso sempre estar dando força a ele", relatou a mãe pernambucana.
Transplante de medula
Heitor já passou por um transplante há 3 anos, sendo a mãe a própria doadora. Mas, infelizmente, o corpo do adolescente rejeitou a medula.
"A possível causa foi a medula velha, como os médicos a chamam, por eu ser a doadora. Mas agora as chances são bem maiores por conta da medula nova do doador Joaquim, que tem 8 anos. Dessa vez, tudo vai certo!".
Doação
O novo transplante será realizado em São Paulo e a família pernambucana deve passar, ao menos, 10 meses na capital paulista. O custo, como a passagem e hospedagem, é de R$ 50 mil:
"A despesa é alta pois os médicos indicam ficar próximo ao hospital e aquela área ao redor é muito caro o aluguel. Nós estamos precisando de muita ajuda financeira", contou o pai Aldemar Souza.
Para realizar a doação, de qualquer quantia via Pix, a chave é o e-mail:
- adelmarsouza@hotmail.com
ENTENDA O QUE É A DOENÇA FALCIFORME:
"Normalmente eu sinto muitas dores, principalmente na barriga e nas pernas. Quando eu estou em crise sinto muita dor de cabeça e falta de ar", contou Heitor.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença falciforme atingiu entre 60.000 a 100.000 pacientes no Brasil, entre os anos de 2014 e 2020.
Ela é uma doença genética, hereditária e caracterizada por alterações nas hemácias do sangue, ou os glóbulos vermelhos, que se tornam rígidos e assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para cérebro, pulmões, rins e outros órgãos.
A doença falciforme não tem cura, mas existem tratamentos para melhorar e garantir as principais funções do organismo do portador.
Entre as complicações da doença não tratada estão a anemia crônica, crises dolorosas associadas ou não a infecções, retardo do crescimento, infecções e infartos pulmonares, retardo no crescimento acidente vascular cerebral, inflamações e úlceras.
O processo para transplante de medula óssea funciona assim: primeiro, a pessoa com doença falciforme passa por quimioterapia para matar a medula.
Depois, a equipe médica faz o transplante com a medula do doador, que passa a ter a função da produção de sangue.