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Moradores do entorno de edifício com alto risco estrutural no Centro do Recife temem desmoronamento

Demolição do Edifício 13 de Maio, localizado no bairro de Santo Amaro, é cobrada há anos. Veja o que a Prefeitura do Recife diz sobre o assunto

Publicado em 26/10/2024 às 8:47

Uma espera que se arrasta há anos preocupa moradores do bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. Com alto risco estrutural comprovado pela Defesa Civil em 2019, o Edifício 13 de Maio ainda não teve suas obras de demolição iniciadas.

Localizado entre a Rua da União e a Rua da Saudade, o prédio está abandonado há mais de 60 anos e sem proteção, o que coloca em risco comerciantes, transeuntes e moradores diariamente. O edifício é cercado por casas, bares, restaurantes e pelo Ginásio Pernambucano e pedaços de sua estrutura do edifício se desprendem e caem com certa constância.

Após diversas notificações e abertura de processos administrativos, a Prefeitura do Recife instaurou em 2018 um processo contra a família herdeira do edifício, que pertence à Imobiliária União. Em 2019, a Justiça permitiu que o município demolisse o imóvel, mas isso ainda não foi feito.

Proprietário de um imóvel na Rua do Sossego, Rusyberg Gomes, de 51 anos, relatou que abandonou sua casa por medo. Ele morava no local desde 1999.

Rusyberg afirma que a falta de fiscalização, diálogo e transparência da prefeitura preocupa a população. “A prefeitura quer demolir, mas antes tinha que ser feito um laudo de segurança do entorno e análise estrutural”, destacou.

O laudo dá segurança para a população no entorno
Rusyberg Gomes, 51 anos

O vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), o engenheiro civil Luiz Fernando Bernhoeft, destacou que a estrutura está se deteriorando e, apesar do risco de colapso ser pequeno, ele não pode ser descartado. “A necessidade de demolição é inquestionável. O prédio é inviável e já não atende às normas atuais”, afirmou.

Para o engenheiro, o risco de acidentes na vizinhança é iminente. “A estrutura está deteriorando e o prédio está sem proteção, exposto e se degradando. Partes do concreto já estão se destacando”, pontuou. Bernhoeft explicou que uma solução mitigadora seria a cobertura do edifício com tela, para evitar que pedaços caiam e atinjam a vizinhança.

Por nota, a Secretaria Executiva de Controle Urbano da Prefeitura do Recife, responsável pela fiscalização das construções urbanas e preservação dos imóveis da cidade, informou que “está no aguardo da remoção de quatro postes da rede elétrica - que cabe à Neoenergia - localizados na calçada do imóvel para poder iniciar os serviços de demolição”.

Já a Neoenergia Pernambuco afirma que “recebeu a formalização do pedido no último dia 8”. A distribuidora destaca, ainda, que “o orçamento da obra será enviado à Prefeitura do Recife, na tarde desta sexta-feira (25), e, após o pagamento, a empresa programará a remoção dos postes”.

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O laudo dá segurança para a população no entorno

Rusyberg Gomes, 51 anos

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