O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou nesta segunda-feira o risco do novo coronavírus, que já matou mais de 4 mil pessoas em 100 países e derrubou as Bolsas em todo o mundo, ao avaliar, em Miami, que o poder destrutivo da nova epidemia foi "superdimensionado".
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A queda nas Bolsas em todo o mundo "tem a ver com os preços do petróleo" e com "a questão do coronavírus", declarou Bolsonaro para cerca de 200 brasileiros reunidos em Miami.
"Os números estão demonstrando que o Brasil começou a arrumar sua economia. Obviamente os números de hoje [na Bolsa do Brasil e do mundo todo] têm a ver com os preços do petróleo, basicamente, que despencou quase 30%, e na questão do coronavírus também, que no meu entender está sendo superdimensionado o poder destruidor desse vírus".
"Talvez isso esteja sendo potencializado até por questões econômicas. Mas acredito que o Brasil não é que vai dar certo: já deu certo", afirmou o presidente.
Em Genebra, o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, avaliou nesta segunda-feira que a "ameaça de uma pandemia se tornou muito real" agora que o coronavírus "se estendeu a muitos países".
A Bolsa de São Paulo recuou nesta segunda-feira mais de 12%, a maior perda desde 1998, com as ações da Petrobras mergulhando quase 30%.
Trata-se da maior queda percentual da principal Bolsa latino-americana desde 10 de setembro de 1998, quando recuou 15,83% devido à moratória da dívida russa.
As ações da Petrobras lideraram as perdas: os papéis preferenciais da estatal caíram 29,70% e as ações ordinárias, 29,68%.
Bolsonaro faz uma viagem pela Flórida com o objetivo de recuperar a confiança dos investidores na maior economia da América Latina.
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