Repercussão

Parlamentares comemoram revogação da MP que suspendia contrato de trabalho e salário

Após polêmica nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro resolveu revogar MP

Gabriela Carvalho
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Publicado em 23/03/2020 às 14:52 | Atualizado em 23/03/2020 às 16:01
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Deputados federais, candidatos à prefeitura... e primos - FOTO: Fotos: Arquivo/JC Imagem

Atualizada Às 15h40

A Medida Provisória (MP) 927, divulgada no domingo (22) pelo governo Jair Bolsonaro, que fixava regras para a relação entre empresas e trabalhadores durante a pandemia do novo coronavírus, teve repercussão negativa nas redes sociais. Por volta das 14h desta segunda-feira (23), a hashtag 'Essa MP' e a hashtag 'SemSalário' ocupavam lugar nos assuntos mais comentados no Brasil. Muitos parlamentares criticaram a Medida Provisória. Nesta segunda (23), o presidente, após muitas críticas, revogou a MP.

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O artigo revogado pelo presidente permitia que o contrato de trabalho seja suspenso por até quatro meses, sugere que o trabalhador não receba salário durante o período. A empresa, durante processo, deverá oferecer curso online ao empregado. Além disso, deve manter benefícios como o plano de saúde.

Veja repercussão da medida revogada entre os parlamentares pernambucanos:

Para a deputada federal Marília Arraes (PT), a Medida Provisória 927/20, publicada ontem à noite pelo Governo Bolsonaro, exigia um sacrifício desumano dos trabalhadores pela crise econômica gerada com o avanço do coronavírus. “O governo quer abandonar os trabalhadores à própria sorte”, afirmou.

Já para o deputado João Campos (PSB), que chegou a apresentar uma emenda à MP para evitar a retirada do salário, "flexibilizar as leis trabalhistas é uma ação que pune o povo e, como tal, merece ser rechaçada urgentemente". 

Daniel Coelho defendeu o corte de salário dos parlamentares antes de cortes no salário da população.

O senador petista Humberto Costa considerou a medida "nefasta" e comemorou a revogação, mas segundo ele, ainda era necessário ficar atento a novas medidas.

Para o deputado federal Carlos Veras (PT) , o presidente "recuou diante da repercussão negativa no Parlamento e na sociedade", disse o petista. 

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Pacto Federativo, o deputado federal Silvio Costa Filho (Avante) considerou a revogação uma atitude correta, mas destacou a importância de adotar medidas para estimular a manutenção dos empregos. 

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