O presidente Jair Bolsonaro deu novo pronunciamento na manhã desta quarta-feira (25) para reforçar seu posicionamento sobre as medidas de quarentena que vêm sendo implementadas no combate da pandemia do coronavírus. O chefe do Executivo criticou as ações que governadores e prefeitos têm tomado e defendeu a adoção de isolamento apenas para idosos e pessoas com problemas de saúde (isolamento vertical).
Bolsonaro disse que já conversou nessa terça-feira (24) com o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta sobre o assunto, e que vai retomar o diálogo nesta quarta para tomar a decisão.
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O presidente destacou o impacto econômico que a paralisação poderá ter para justificar o posicionamento. "Desemprego em massa. O caos está vindo aí", previu. "Se não acordarmos para a realidade, daqui a poucos dias poderá ser tarde demais."
Bolsonaro defendeu que alguns governadores, "não todos, mas em especial os do Rio de Janeiro e de São Paulo", estão "fazendo demagogia barata para esconder outros problemas". No início da transmissão, ele classificou que as medidas tomadas por "certas autoridades estaduais e municipais" estão, na sua visão, "além da normalidade".
"São verdadeiros donos dos seus estados e municípios. Proibindo tráfego de pessoas, fechando empresas, fechando comércio", alfinetou.
O discurso reiterou as ideias que Bolsonaro defendeu em pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão nessa terça-feira. Na ocasião, além atacar a imprensa, ele pediu a escolas e comércio para reabrirem, indo de encontro às recomendações até então preconizadas pelo próprio Ministério da Saúde.
A fala foi desaprovada por adversários políticos e até por partidários. Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, vieram a público manifestar discordâncias.
Questionado por um repórter nesta quarta sobre as críticas que vem recebido desde então, Bolsonaro as desconsiderou: "Criticado por quem? Por quem nunca fez nada no Brasil?".
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