A possibilidade de exoneração do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem repercutido nas redes sociais, nesta segunda-feira (16). O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), esteve reunido no fim desta tarde com sua equipe ministerial, mas saiu sem falar com a imprensa. Os dois vem adotando posturas distintas em relação ao isolamento social para combater o novo coronavírus.
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Enquanto o presidente Bolsonaro defende a reabertura do comércio e defende o isolamento vertical, mantendo apenas pessoas do grupo de risco, o ministro da Saúde, mantém firme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), pedindo para que as pessoas permaneçam em casa. Gerado o imbróglio, o mais cotado para substituir Mandetta, seria o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania.
Alguns parlamentares pernambucanos se posicionaram contra a possibilidade de demissão do ministro da Saúde. Segundo o deputado federal João Campos (PSB), em seu perfil no Twitter, “se houver demissão, é uma atitude covarde com o Brasil e reforça a sua insegurança por não conseguir ver alguém fazer bem feito”, disparou o socialista, se referindo ao presidente. “O ministro Mandetta assumiu com muita responsabilidade um papel importante para o país, ultrapassando fronteiras ideológicas que restringem o próprio Bolsonaro”, complementou.
Bolsonaro ameaça (ou talvez já tenha decidido) exonerá-lo. Se houver demissão, é uma atitude covarde com o Brasil e reforça a sua insegurança por não conseguir ver alguém fazer bem feito. Ação típica para um "líder" com um final melancólico, cheio de fracassos. A conferir...
— João Campos (@JoaoCampos) April 6, 2020
Ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT), também se posicionou sobre a saída gestor. “A demissão de Mandetta foi contestada por todos. Neste momento, panelaços em vários lugares do Brasil. Esse é o medo de Bolsonaro”, afirmou. A deputada federal também pelo PT, Marília Arraes, considerou a possível demissão como “o maior ato de irresponsabilidade que Bolsonaro poderia tornar numa hora como esta”, afirmou.
Para o deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos), que tem proximidade com o governo federal, “a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se confirmada, é mais um erro do presidente Bolsonaro”. Segundo Filho, a atitude geraria instabilidade na saúde pública e quem perderia seria o povo brasileiro.
A demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se confirmada, é mais um erro do presidente Bolsonaro. Além de gerar instabilidade na saúde pública, gera ao seu governo. Mandetta é um dos principais ativos desse governo. Ao final, quem perde é o povo Brasileiro.
— Silvio Costa Filho (@Silvio_CFilho) April 6, 2020
O deputado federal Felipe Carreras (PSB), ressalta a aprovação da população pelos direcionamentos do ministro. “Todas as pesquisas mostram que a maioria do povo aprova a condução de Mandetta no ministério. Se for confirmada sua demissão, mostrará que a vaidade do Presidente não tem limites”, afirmou.
Zum-zum-zum da saída de Mandetta
Durante toda a tarde, as notícias de que Bolsonaro havia convocado uma reunião com todos os ministros agitou o mundo político do Brasil. Até o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), cotado para assumir o cargo caso a demissão de Mandetta se confirmasse, teria participado do encontro no Palácio. Chegaram até a comentar que uma edição extra do Diário Oficial da União estaria sendo preparada com a exoneração de Mandetta. Nada disso foi confirmado.
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