Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, tem visto seu cargo ameaçado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), há algumas semanas e, nesta segunda-feira (6) pareceu que finalmente seria demitido, mas não foi o que aconteceu. O dia inteiro foi tomado de expectativas. O presidente convocou até uma reunião com seus principais ministros, entre eles Mandetta. Após mais de duas horas de portas fechadas, o resultado da conversa menteve o ministro na pasta.
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O forte apoio de militares do governo, além da bancada da Saúde no Congresso e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fez diferença para a permanência de Mandetta no cargo, segundo informações de Gerson Camarotti, da GloboNews.
O governo ainda não se manifestou sobre o resultado da reunião que aconteceu a portas fechadas. Inclusive, o próprio presidente teria exigido que ninguém pudesse entrar na sala portando seu celular pessoal.
Minutos depois do fim da reunião, Mandetta deu um longo pronunciamento à imprensa, onde explicou os motivos da sua permanência na pasta.
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Zum-zum-zum da saída de Mandetta
Durante toda a tarde, as notícias de que Bolsonaro havia convocado uma reunião com todos os ministros agitou o mundo político do Brasil. Até o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), cotado para assumir o cargo caso a demissão de Mandetta se confirmasse, teria participado do encontro no Palácio. Chegaram até a comentar que uma edição extra do Diário Oficial da União estaria sendo preparada com a exoneração de Mandetta. Nada disso foi confirmado.
Relação entre Mandetta e Bolsonaro
Divergindo em pontos cruciais do enfrentamento ao coronavírus, a relação entre Bolsonaro e Mandetta demonstra ter perdido a sintonia. Além disso, desde o início da crise causada pela pandemia, o ministro da Saúde ganhou, dia a dia, os holofotes, criticou a postura do presidente da República no enfrentamento à covid-19 e viu sua popularidade crescer, gerando ciúmes no Palácio do Planalto.
Com o avanço da doença, enquanto o número de infectados e mortos aumenta, a popularidade de Bolsonaro diminui. O presidente já chegou a classificar a covid-19 como uma "gripezinha", defendeu o isolamento vertical e a reabertura do comércio. Na contramão, o Mandetta prevê um colapso no sistema de saúde no final de abril e pede para que as pessoas não saiam de casa.
No último domingo (5), Bolsonaro voltou a fazer insinuações de que poderia demitir um de seus ministros, sem citar nomes. Em encontro com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que algumas pessoas do governo "estão se achando". Aparentemente, o crescimento da popularidade de Luiz Henrique Mandetta incomoda Jair Bolsonaro.
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Médico ortopedista, Luiz Henrique Mandetta, tem 55 anos e é filiado ao Democratas (DEM). Ele e o presidente Jair Bolsonaro se aproximaram quando ambos ainda eram deputados e estiveram unidos na oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). Mandetta foi contra o programa Mais Médicos e sempre defendeu a revalidação de diplomas para profissionais estrangeiros.
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