Atualizada às 11h41
A briga entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ganhou mais um capítulo neste sábado (25). Em seu Twitter, Bolsonaro fez uma publicação em seu Twitter na qual faz menção ao ex-juiz federal e à chamada Vaza Jato.
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No anúncio de demissão do ministério, feito nessa sexta-feira (24), após Bolsonaro exonerar Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, Moro fez acusações contra o presidente, como a de interferência na PF. À tarde, o chefe do Executivo afirmou que "uma coisa é você admirar uma pessoa, outra é conviver com ela', fazendo menção à uma possível decepção que teve com o ex-ministro e demonstrando ingratidão por parte de Moro.
Neste sábado, Bolsonaro publicou uma foto na qual aparece abraçando o então ministro e disse: "A VazaJato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sergio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso".
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 25, 2020
Moro rebate Bolsonaro
Horas após a publicação do presidente, Sergio Moro utilizou a mesma rede social para rebater. "Sobre reclamação na rede social do Sr.Presidente quanto à suposta ingratidão: também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado.Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional,de Estado de Direito,e não de relacionamento pessoal", escreveu.
Sobre reclamação na rede social do Sr.Presidente quanto à suposta ingratidão:também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado.Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional,de Estadode Direito,e não de relacionamento pessoal https://t.co/I5HD9uhTj9
— Sergio Moro (@SF_Moro) April 25, 2020
Bolsonaro exonera diretor da Polícia Federal, e Moro deixa ministério
Desde essa quinta-feira (23), havia rumores da exoneração do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira (24). Desde que os rumores começaram, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, demonstrou insatisfação com a demissão de Valeixo do cargo, o que levantou suspeitas de uma possível saída do ministério.
O anúncio do pedido de demissão de Moro foi feito no final da manhã desta sexta-feira, durante um pronunciamento. O ex-juiz federal disse que, ao contrário do que anunciado pelo próprio presidente, Valeixo não pediu para sair do cargo, e expôs divergências entre entre e o chefe do Executivo.
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