Com informações do UOL
Após ter criticado a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública em seu programa Brasil Urgente, da Band, na última sexta-feira (24), Datena voltou a criticar atitudes do ex-ministro neste sábado (25) e afirmou que só guarda sua "língua na boca" quando "o dono da Band falar". As informações são do jornalista Mauricio Stycer, colunista do UOL.
O apresentador manifestou revolta com o fato do ex-juiz da Lava Jato ter divulgado para o "Jornal Nacional", da Globo, trechos de uma conversa privada com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). "Eu jamais faria isso. Pegar um print de uma afilhada minha, apresentar a uma emissora de televisão, ou para um jornal", afirmou. "Se é crime ser hackeado, por que ele age como um hacker particular e pega um print da própria afilhada dele e mostra numa emissora de audiência enorme?".
"O mesmo cara que é responsável pela ida de um ex-presidente da República para a cadeia, que participou do impeachment da Dilma, é o mesmo cara que quer derrubar o Bolsonaro agora, dizendo que tem provas para derrubar o Bolsonaro. Para você achar santo na política brasileira, vai ser duro", declarou.
Em meio às críticas à figura pública, afirmou: "Enquanto eu tiver língua e boca, eu estou aqui pra falar. Eu só guardo a minha língua dentro da boca no dia que um cara falar, que é o patrão, o dono, o Johnny (Saad). Se ele falar, vou ficar quieto. É o meu patrão. Daí pra baixo pode ser quem for pra me torrar a paciência que eu vou estar do lado do consumidor".
Datena, então, relatou que já foi objeto de pressão por causa de comentários que fez no programa. "Se você fala mal de grandão, os caras ligam aqui pra te mandar embora. Pra cá, pra Record, pra Globo, pra tudo quanto é lugar. A Volks não gostou de um comentário meu sobre um carro que cortava o dedo. Os caras ligaram pra cá pra meter o pau em mim. E até hoje o dono da TV me manteve aqui. Porque até hoje é tradição da Rede Bandeirantes ter independência". Concluindo o pensamento, disse: "Se você não me ver mais aqui é porque não tenho mais independência para trabalhar. E aqui eu sempre tive e o Johnny sempre prezou a liberdade de expressão".
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