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Ao lado de Bolsonaro, Paulo Guedes pede que servidores públicos não peçam aumento por conta do coronavírus

O ministro da Economia tomou café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro

Cássio Oliveira
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Cássio Oliveira
Publicado em 27/04/2020 às 9:27 | Atualizado em 28/04/2020 às 12:49
ISAQUE NÓBREGA/PR
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ministro da Economia, Paulo Guedes - FOTO: ISAQUE NÓBREGA/PR

Após café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta segunda-feira (27), o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu que o funcionalismo público não peça aumento por um ano e meio por conta da pandemia do novo coronavírus.

"Vamos descentralizar recursos para Estados e municípios e lançar outra camada de proteção aos brasileiros, mas, ao mesmo tempo, com contrapartida. Precisamos que o funcionalismo mostre que está com o Brasil, não vai ficar em casa trancado de geladeira cheia e assistindo a crise, enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego, eles vão colaborar, vão ficar sem pedir aumento por um tempo, o presidente disse ninguém tira direito, ninguém tira salário, mas por atenção aos brasileiros, não peçam aumento por um ano e meio, contribuam com o Brasil", afirmou Guedes.

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Bolsonaro

Em uma entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro também refirmou confiança em Guedes. "O homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, orientações e o que realmente devemos seguir", afirmou Bolsonaro. Nos últimos dias, o mercado financeiro estava preocupado com a permanência de Guedes, principalmente depois de o governo federal adotar medidas de combate ao coronavírus que vão de encontro à visão liberal do ministro.

Na semana passada, por exemplo, o governo apresentou o programa Pró-Brasil, com medidas para injetar dinheiro na economia e amenizar o impacto da queda da atividade causada pela pandemia do coronavírus. Integrantes da equipe de Guedes não estiverem presentes na cerimônia de lançamento do programa.

Sobre a política econômica do governo, Guedes disse que segue firme no quesito responsabilidade fiscal. Ele afirmou que os gastos extraordinários feitos pelo governo em decorrência da crise do coronavírus são uma "exceção" na condução da política econômica.

"Queremos reafirmar a todos que acreditam na política econômica que ela segue e a mesma política econômica", afirmou Guedes. “Quando há um problema, como de saúde, o presidente fala: ‘Olha vamos par um programa de exceção'", completou.

Decolando

Paulo Guedes ainda afirmou que o País já estava "decolando" quando a crise causada pela covid-19 começou, mas garantiu que dará seguimento às reformas com o apoio do Congresso, e que a economia brasileira vai "surpreender o mundo de novo". "Vamos prosseguir com as reformas, trazer bilhões em investimentos em saneamento, infraestrutura. Ano que vem certamente estaremos crescendo", acrescentou.

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