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Ministro do STF pede para PGR avaliar pedido de perícia em celular de Bolsonaro

Caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, analisar a notícia-crime e atender ou não aos pedidos

Gabriela Carvalho
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Publicado em 22/05/2020 às 10:58 | Atualizado em 22/05/2020 às 12:30
EVARISTO SA/AFP
POPULISTA Pensador português João Pereira Coutinho analisa o Brasil de Bolsonaro - FOTO: EVARISTO SA/AFP

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, enviou ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) com três notícias-crimes contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Entre as medidas apresentadas está a apreensão dos celulares de Bolsonaro e de um dos filhos dele, o vereador Carlos Bolsonaro. Solicitam ainda o depoimento do chefe do Executivo sobre o caso.

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Os despachos enviados nessa quinta-feira (21) foram apresentados pelos partidos PDT, PSB e PV e parlamentares ao ministro do STF. Eles pedem desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF).

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Os partidos também solicitam perícias nos celulares de Maurício Valeixo, ex-diretor geral da Polícia Federal exonerado por Bolsonaro; do ex-ministro da Justiça de Segurança Pública Sergio Moro; e da deputada federal Carla Zambelli (PSL - SP).

A petição foi apresentada no âmbito do inquérito que investiga a suposta interferência de Bolsonaro na PF a partir de acusações feitas por Moro quando de sua demissão do governo, no final de abril.

O ex-ministro, delegados da PF, Zambelli e outras testemunhas já foram ouvidos, e o inquérito segue em andamento, sem data para conclusão. No centro da investigação, está o vídeo de uma reunião ministerial realizada no 22 de abril no Palácio do Planato quando, segundo Moro, Bolsonaro manifestou seu interesse em ter acesso a casos apurados pela Polícia Federal. Celso de Mello, relator do caso no STF, já assistiu às imagens, e segundo seu gabinete, decidirá ainda nesta sexta-feira (22) se derrubará o sigilo do vídeo.

Repercussão

O filho do presidente, vereador Carlos Bolsonaro, que também teve seu celular solicitado, reclamou da possível apreensão de seu celular. 

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