Os secretários do Recife decidiram lançar uma nota conjunta em solidariedade ao secretário de Saúde do Recife, Jaílson Correia, que foi alvo da Operação Apneia da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (28), para apurar a aquisição de 500 respiradores pulmonares, sem licitação, pela Prefeitura do Recife. "Conhecemos sua seriedade e honestidade. Jailson jamais cometeria uma ilegalidade", diz trecho da nota.
Além da Secretaria de Saúde do Recife, a Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão na própria residência de Jailson Correia. O apartamento do gestor fica no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife.
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De acordo com a Polícia Federal, documentos foram apreendidos na residência do secretário municipal do Recife. De acordo com a investigação, o total contratado com a Prefeitura de Recife ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões, ao passo que a empresa fictícia tinha um suposto capital social de apenas R$ 50 mil, e não poderia faturar mais que R$ 360 mil por ano.
"Nós, secretários da Prefeitura, vimos a público para prestar nosso irrestrito apoio e solidariedade ao colega Jaílson Correia. Médico e cientista que tem sua competência reconhecida pelos recifenses. Conhecemos sua seriedade e honestidade. Jaílson jamais cometeria uma ilegalidade. Seu trabalho e compromisso com o povo já salvou muitas vidas nessa pandemia. Jailson é referência para todos nós como ser humano e como gestor público", diz a nota.
O texto de solidariedade a Jaílson foi assinado que é assinada por Alberto Rabelo, Ana Paula Lins, Ana Paula Vilaça, Ana Rita Suassuna, André Nunes, Antônio Alexandre, Antônio Júnior, Bernardo D’Almeida, Carlos Eduardo Santos, Fred Oliveira, Glauce Medeiros, Guilherme Calheiros, João Braga, João Guilherme, Jorge Vieira, José Neves Filho, Lêda Alves, Marconi Muzzio, Murilo Cavalcanti, Oscar Barreto, Otávio Calumby, Rafael Figueiredo, Ricardo Dantas, Roberto Gusmão, Rodrigo Farias.
OPERAÇÃO APNEIA
Segundo as investigações, empresas com débitos com a União superiores a R$ 9 milhões se utilizaram de uma microempresa “fantasma”, constituída em nome da ex-companheira do proprietário, para contratar com a Prefeitura do Recife, uma vez que firmas com débitos com fiscais ou previdenciários não podem firmar contratos com entes da administração pública.
Segundo a PF, há indícios de que um dos aparelhos tenha sido adquirido por prefeitura do interior do estado pelo triplo do valor que constava no contrato com a Prefeitura de Recife. A Justiça Federal determinou que os respiradores encontrados pela PF não sejam comercializados ou transportados para outras localidades até a realização das auditorias pertinentes.
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