Supremo Tribunal Federal

Cármen Lúcia rejeita habeas corpus da militante bolsonarista Sara Winter

A líder do grupo '300 pelo Brasil' foi para a cadeia por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de um inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos

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Publicado em 18/06/2020 às 22:40 | Atualizado em 18/06/2020 às 22:51
CARL DE SOUZA/AFP
Winter liderava o grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro - FOTO: CARL DE SOUZA/AFP

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar o habeas corpus impetrado pela defesa da militante bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, líder do grupo '300 pelo Brasil'. A ativista foi para a cadeia por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de um inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

Nessa quarta-feira (17), o Ministério Público Federal denunciou Sara Giromini por injúria e ameaça contra Alexandre de Moraes.

Há algumas semanas, Sara atacou o ministro pelas redes sociais depois de ter sido alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito das fake news. Como punição, o MPF sugere pagamento de "no mínimo" R$ 10 mil por danos morais.

"Eles não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário, eu sou uma pessoa extremamente resiliente. Pois agora, meu… e não é que ele mora em São Paulo? Porque se estivesse aqui eu já estaria na porta da casa dele convidando ele para 'trocar soco' comigo. Juro por Deus, essa é a minha vontade. Eu queria trocar soco com esse 'filha da puta' desse 'arrombado'! Infelizmente não posso, mas eu queria. Ele mora lá em São Paulo, né? Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor!", esbravejou a ativista em um vídeo.

@_SARAWINTER VIA INSTAGRAM
Sara Winter em protesto a favor de Bolsonaro - @_SARAWINTER VIA INSTAGRAM

A acusação é assinada pelo procurador da República Frederick Lustosa e foi enviada à 15ª Vara de Justiça Federal. Na peça, Lustosa diz que a bolsonarista utilizou as redes sociais "para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo", informou o Blog do Fausto. Sara está presa desde segunda-feira em inquérito que investiga possível financiamento do movimento anticonstitucional.

Explicações

Em depoimento que durou pouco mais de uma hora, Sara negou que os integrantes do 300 pelo Brasil defendam uma intervenção militar no País e disse que não participou do ataque ao Supremo com fogos de artifício no sábado. Ela também disse que atos que foram comparados a Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos, teve inspiração em uma "passagem bíblica".

Aos investigadores, Sara confirmou ser apoiadora de Bolsonaro, mas disse que não recebe ajuda financeira do governo.

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A ativista também já foi denunciada pela Procuradoria da República no Distrito Federal pelos crimes de injúria e ameaça - FOTO:@_SARAWINTER VIA INSTAGRAM

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