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Após saída de Wassef, Flávio Bolsonaro contrata ex-advogado de Sérgio Cabral para sua defesa

Wassef deixou a defesa de Flávio depois que a polícia encontrou Fabrício Queiroz em um de seus imóveis

JC
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Publicado em 22/06/2020 às 6:41 | Atualizado em 22/06/2020 às 11:05
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Investigação mira o filho do presidente por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro - FOTO: ABR

Após a polícia encontrar Fabrício Queiroz na cidade de Atibaia (SP), em um imóvel de Frederick Wassef,  — advogado da família Bolsonaro — o senador Flávio Bolsonaro decidiu substituí-lo pelo advogado Rodrigo Roca. A informação e do jornal Folha de S. Paulo.

Wassef já negou que tenha abrigado Queiroz, negando até qualquer contato com ele, mas não explicou como o ex-assessor de Flávio chegou até o imóvel. Já o novo advogado de Flávio, Rodrigo Roca, foi advogado de Sérgio Cabral até 2018, quando o ex-governador decidiu fazer delação, contrariando sua estratégia de defesa.

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Tentando evitar um desconforto com Wassef, Flávio fez uma publicação no Twitter e afirmou que defendia a manutenção do advogado. Na publicação, Flávio diz que a lealdade e competência de Wassef são insubstituíveis, mas que, contra sua vontade, o advogado deixou a causa.

Fabrício Queiroz

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz foi preso no dia 18 de junho em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo.

Queiroz é investigado por participação em esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ocupou uma cadeira antes de ser eleito senador.

Ao autorizar a prisão do ex-assessor, o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, apontou repasses de ex-assessores para conta de Queiroz no valor de R$ 2.039.656,52 e saques na conta do investigado que totalizam quase R$ 3 milhões.

Queiroz é apontado como operador do esquema de rachadinha, no qual funcionários de Flávio na Alerj devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolates e aplicado em imóveis. Segundo o juiz, houve a necessidade de prisão, pois Queiroz estaria tentando destruir provas para atrapalhar as investigações do caso.

Frederick Wassef

Dono do imóvel em que Queiroz foi encontrado, Frederick Wassef já representou a defesa do presidente em entrevistas à imprensa e também atuou no caso da facada que Bolsonaro levou em Juiz de Fora (MG) e do porteiro do condomínio da Barra da Tijuca, quando Bolsonaro foi citado no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Na defesa de Flávio Bolsonaro, Wassef atuava justamente no caso da rachadinha.

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