O advogado Frederick Wassef, dono do escritório em Atibaia, São Paulo, onde Fabrício Queiroz foi preso, na última quinta-feira (18), se disse vítima de uma armação para incriminar seu amigo e presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ao jornal Folha de São Paulo, o advogado afirmou “não ser anjo”. Esse seria o apelido dado pela família Bolsonaro a ele e, ainda, o nome da operação desta semana do Ministério Público do Rio de Janeiro.
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Essa foi a primeira declaração de Wassef desde a prisão de Queiroz. Defensor da família Bolsonaro, Wassef nega que tenha abrigado Queiroz e que tenha mantido contatos com sua família. "Nunca telefonei para Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família. Isso é uma armação para incriminar o presidente”, afirmou.
Prisão de Fabrício Queiroz
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã da quinta-feira (18), Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Ele estava em Atibaia, no interior de São Paulo, num imóvel de um advogado do senador e não resistiu à prisão. Já detido, Queiroz foi encaminhado para o Rio de Janeiro, onde seguiu diretamente para o Instituto Médico-Legal (IML) e posteriormente para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo o advogado da família Bolsonaro, Queiroz, em tratamento contra um câncer, foi submetido a duas cirurgias na Santa Casa de Bragança Paulista (SP). "Não é verdade que tenha passado um ano no meu escritório."
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As investigações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que levaram à prisão do ex-assessor e ex-motorista do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) começaram em 2018 com a divulgação de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações suspeitas nas contas de parlamentares, assessores e servidores públicos da Alerj, entre eles, Fabrício Queiroz. Essa investigação levou à instauração de 22 procedimentos investigatórios criminais, de acordo com o MP, com o objetivo de esclarecer suposta participação de parlamentares e de servidores nas movimentações de valores.
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