Fotografias, manuscritos, cartas, peças de arte, registros pessoais e livros, entre outros itens, que pertenciam ao ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar, falecido em 2005, serão doados e passarão a integrar o acervo da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Após a assinatura do termo de doação, feita pelo Instituto Miguel Arraes, os itens ficarão disponíveis para pesquisa no Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo Franco de Andrade (Cehibra), braço documental da Fundaj, no bairro de Apipucos, na Zona Norte do Recife.
Nesta quinta-feira (13), completam-se 15 anos do falecimento de Miguel Arraes, e seis da morte de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e neto do político. A acervo de Arraes estava na casa da família, que fica na Rua do Chacon, em Casa Forte, também na Zona Norte da capital. Distribuída em estantes, caixas e móveis, as obras estão em bom estado de conservação. “São pedaços importantes da história de Pernambuco que estarão disponíveis na Fundaj. É a história do meu pai. Assinar esse termo de doação à Fundação próximo da data dos 15 anos da sua morte, no dia 13, é muito simbólico”, comenta José Almino, diretor-presidente do Instituto Miguel Arraes e filho de Arraes.
No Cehibra, para onde o material de Arraes foi encaminhado, estão coleções de outros políticos e governadores pernambucanos, como Manoel Borba, Eraldo Gueiros Leite e Moura Cavalcanti. De acordo com a Fundaj, os itens de Arraes vão possibilitar estudos em diversas linhas, como a sociológica, política, econômica e das relações exteriores.
Miguel Arraes nasceu no Sertão do Ceará. Sua carreira política teve início em 1948, quando se tornou secretário da Fazenda de Pernambuco. O político governou o Estado por três vezes. Arraes teve dez filhos e inúmeros netos, entre eles, o ex-governador Eduardo Campos e Antônio Campos, presidente da Fundaj.
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