Segundo candidato a participar da série de sabatinas realizadas pela Rádio Jornal com os postulantes à Prefeitura do Recife, Victor Assis (PCO) afirmou, nesta segunda-feira (28), que ações como recuperar as calçadas do Recife não são tão prioritárias em seu plano de governo quanto a "derrubada da direita" no País. De acordo com o candidato, de nada adiantaria promessas "vazias", se não houver a "derrubada do governo Bolsonaro".
"Se a gente ficar aqui discutindo minúcias da política local, mas não discutir que a gente tem que derrubar o governo Bolsonaro, estabelecer eleições gerais e fazer uma campanhar por Lula presidente, todas essas discussões vão ser discussões menores que não vão ser efetivadas. Tudo que estiver na cidade é uma preocupação nossa, mas para gente não é uma questão prioritária", afirmou.
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Quando questionado sobre o problema dos calçamentos não ser considerado uma questão prioritária, Victor alegou que essa e outras promessas são promessas feitas por todos os candidatos.
"Eu poderia chegar aqui e prometer que, caso eleito, eu vou calçar todas as ruas. Isso é uma promessa vazia. Todos os candidatos dizem que vão cuidar da saúde, das crianças, das calçadas, é sempre a mesma coisa. O maior problema é que nós temos uma classe, que é a burguesia, que está sugando todo o país. O problema para resolver das calçadas é que todo o dinheiro das prefeituras está na mão dos bancos que estão acabando com o povo".
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Habitação
Sobra a pauta habitacional na cidade, o candidato explicou que o seu programa de governo é o mesmo do partido em todos os municípios e que apoiava uma reforma urbana com a participação dos trabalhadores.
"Na questão da habitação, nós temos um programa que serve para todos os locais. Uma reforma urbana que tenha o controle da população. A questão é que, para implementar esse plano, seja em Recife ou em Manaus, é necessário uma mobilização dos trabalhadores. A gente não vai conseguir implementar esse plano através apenas de uma canetada".
"Direito de protestar"
Quando questionado sobre os protestos da classe rodoviária - contra as demissões e o acúmulo das funções para o motorista - o candidato, que faz parte do Partido da Causa Operária (PCO), disse apoiar todos os tipos de manifestação por direitos. Segundo ele, caso eleito, não haveria nenhum tipo de repressão em protestos.
"Claro que ninguém gosta de ficar no meio do trânsito, mas a situação que a gente está vivendo é gravíssima então o povo tem todo o direito de protestar. Se estão demitindo rodoviários em massa, eles têm o direito de protestar. Nós não vamos propor a repressão de movimentos e devemos dar apoio a todas as reivindicações", defendeu.
Tributos
Já a respeito da tributação, Victor defendeu a extinção de impostos sobre o consumo e a moradia. Para ele, os impostos deviam mirar sobre os "capitalistas".
"Não deveria ter nenhum imposto sobre consumo, sobre moradia. A gente defende impostos sobre os capitalistas, não para os trabalhadores. Defendemos falta de imposto sobre qualquer tributo que faça parte da rotina do trabalhador, como o caso do arroz. Nós defendemos tirar dos empresários, da burguesia, os inimigos dos trabalhadores", explicou.
Desemprego
Sobre seus planos para reduzir o desemprego, o candidato disse que um do pontos necessários era lutar contra a "política neoliberal". "É preciso travar uma luta contra a política neoliberal que causa desemprego de maneira imediada. Como a operação Lava Jato, que a direita fez aqui e destruiu a Odebrecht, destruiu várias indústrias nacionais, você vai ter um desemprego em massa".
Além disso, Victor afirmou que o PCO defende a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução de salário.
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