Candidato a prefeito de Caruaru pelo Partido Progressista (PP), o deputado estadual Erick Lessa criticou que a atual gestora do município, Raquel Lyra (PSDB) foge dos debates, "ela não quer dialogar com a sociedade" e falou que Caruaru tem que ser representada independente de "picuinhas" políticas. Por ter maior tempo de propaganda eleitoral por ter o PSL na aliança como candidato a vice-prefeito Manoel Santos (PSL), Lessa ressaltou fazer um debate aprofundado na cidade.
Erick Lessa foi o primeiro entrevistado desta segunda-feira (28), do programa Resenha Política da TV JC, que está fazendo uma série de lives com os candidatos à Prefeitura de Caruaru.
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Com o discurso que os deputados estaduais Tony Gel (MDB) e José Queiroz (PDT) não colocaram os filhos para concorrer no município após terem retirado a candidatura por questões pessoais, por terem identificado que ele representa "essa transformação em Caruaru" de mudanças geracionais, o candidato Erick Lessa (PP) criticou a prefeita Raquel Lyra por não querer dialogar com a sociedade.
"Eleição se ganha ou se perde no dia, se disputa no dia. Tenho a absoluta certeza que ela não quer dialogar com a sociedade, ser afrontada por alguns comunicadores que, inclusive, ouviram ela em 2016 e as propostas feitas. Hoje em dia temos essa riqueza da tecnologia e circula na cidade vários vídeos dela dizendo, por exemplo, que ia entregar depois de quatro anos, oito mil vagas de creche, transformar Caruaru pela educação. O que aconteceu foi teto de escola caindo na cabeça de professora, merenda com larva. Prometeu transferir a feita da sulanca de graça, fazer gestão técnica valorizando a população de Caruaru. Seu secretariado não foi nem composto por pessoas de Caruaru. Estou percebendo que ela não está disposta a dialogar e ser confrontada por comunicadores, inclusive do SJCC".
Com relação a mudança da feira da sulanca, Lessa foi realista ao afirmar que, se eleito, não poderá montar uma "estrutura digna" para os sulanqueiros por falta de verba devido à pandemia do coronavírus. "A gestora fez uma promessa que eu dizia em 2016 que não seria cumprida, de construir uma feira da sulanca de graça. Nas estimativas dos recursos financeiros, para uma transferência dessa e montar uma estrutura digna para sulanqueiro, gira em torno de R$ 200 milhões, e Caruaru não tem esse recurso, principalmente pós-pandemia. Vamos cuidar dela onde está, com muito respeito", salientou.
Palanque
O deputado, que tem como candidato a vice-prefeito Manoel Santos (PSL) e a chapa composta também pelo PROS e Republicanos, acabou se alinhando à direita na cidade. Erick contou ter tido conhecimento de que o PP integrava a base do governo de Pernambuco em 2018, na reta final da eleição.
"Não estaríamos negando essa realidade. Em 2020 sou candidato a prefeito em Caruaru e na nossa plataforma política, definimos por nos alinhar com partidos que tenham um perfil parecido com o meu. Sou de centro direita, quero armar a guarda municipal, tenho plataformas de defesa das famílias, combate à corrupção. Nessa perspectiva, os grupos que tinham projeção política em Caruaru se aproximaram porque identificavam na gente essa musculatura para representar essa transformação na cidade", explicou.
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Tendo o PSL na formação da chapa, Lessa sai na frente no tempo de propaganda. De acordo com o candidato, que aguarda a divulgação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele terá pouco mais de dois minutos de guia eleitoral, e fez uma comparação com a eleição passada, quando teve apenas 58 segundos. "Em 2016 fui candidato a prefeito em Caruaru com apenas 23 candidaturas a vereador e 58 segundos de guia eleitoral. Alcançamos 41.102 votos, e a atual gestora pouco mais de 44 mil, foi muito próximo".
"Neste ano vamos ter o maior tempo de guia eleitoral e também teremos um grande exército de mais de 120 candidaturas a vereador. Vamos levar todas as propostas, tratar com todos e com muita realidade, mostrando problemas na periferia, na cidade, na Zona Rural e também nos quatro distritos. Vamos fazer um debate aprofundado sobre a realidade que Caruaru está vivenciando. Infelizmente, sobre as propostas mal cumpridas da atual gestora, que vai poder nos dar a condição de mostrar às pessoas desde cedo que ela participe, já que tem fugido ao debate. Nenhuma sabatina do SJCC ela esteve presente, não quer discutir com a cidade. Mais uma vez, a marca da sua incapacidade de dialogar, de humildade, de ouvir a população".
Apoio de Bolsonaro
No Recife, a disputa é para saber quem vai ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Questionado se seria o candidato de Bolsonaro, tendo em vista o alinhamento às questões políticas e o PSL, partido que elegeu o presidente compondo a aliança, o deputado disse não se colocar nessa posição, mas ressaltou ter votado nele em 2018.
"Entre os candidatos que se colocaram à disposição da sociedade, fui o candidato que desde 2018 disse publicamente que apoiei e votei em Bolsonaro. Estamos em eleição municipal, tenho dito que não tenho padrinho político, família tradicional na política. Claro que votei nele e os partidos que estão na base de sustentação do governo federal, ainda assim, tenho dito e repito: não tenho preocupação com essa questão", pontuou.
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