Covid-19

Diretor do Butantan vem a Pernambuco falar da vacina contra covid-19 em encontro com prefeitos

A palestra será transmitida, nesta segunda-feira (14), às 16h, no canal da Amupe no Youtube.

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Publicado em 13/12/2020 às 21:48 | Atualizado em 13/12/2020 às 22:55
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José Patriota (PSB) toma posse nesta terça-feira como presidente da Amupe e diz que é preciso um novo pacto federativo entre municípios, estados e União - FOTO: Divulgação

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), inicia nesta segunda-feira (14), o Encontro de Novos Gestores, no Hotel Canarius, em Gravatá. A partir de 2021, os futuros prefeitos eleitos tem como principal desafio a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus (covid-19) e, consequentemente, estarem aptos junto aos estados e ao governo federal para iniciarem o processo de imunização da população. Por esse motivo, o diretor-presidente do Instituto Butantã, professor Dimas Tadeu Covas, fará uma palestra para falar da parceria com a farmacêutica Sinovac, que responsável por produzir a vacina Coronavac.

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A palestra será realizada de forma virtual, às 16h, com transmissão aberta no canal da Amupe no Youtube.  Segundo o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, "será um momento para os novos gestores se atualizarem das informações sobre a tão sonhada vacina. Como também, a Amupe assinará um memorando com a intenção de compra de doses do imunizante", afirmou.

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O Butantã começou a produção da vacina em solo brasileiro na última quinta-feira (10), e deve disponibilizar até um milhão de doses por dia. No entanto, o laboratório ainda aguarda a aprovação do imunizante através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa - que poderá durar até 60 dias. 

Para o Encontro de Gestores, várias autoridades já confirmaram presença, a exemplo do governador Paulo Câmara (PSB) - que participará da abertura - e seu secretariado, além do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), Dirceu Rodolfo.

Bolsonaro

Na última semana, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e as entidades estaduais de Municípios lançaram uma nota pedindo ao governo Jair Bolsonaro que providencie a contratação de todas as vacinas reconhecidas como eficazes e seguras contra a Covid-19 e assuma a responsabilidade pela distribuição para todas as unidades da Federação de forma urgente e equânime, sob coordenação do Ministério da Saúde utilizando o Programa Nacional de Imunização (PNI).

A União tem por dever legal "coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica", conforme estabelecido no art. 16 da Lei 8.080/1990, segundo a nota. A argumentação dos prefeitos é de que o Programa Nacional de Imunização há décadas vem sendo responsável pela erradicação de doenças graves, apresentando uma experiência consolidada na realização de campanhas de vacinação. "Causa-nos preocupação, portanto, a ausência de um plano nacional em todas as suas dimensões que possibilite a organização dos governos estaduais e locais para o atendimento", segundo o documento.

Os prefeitos defendem que a ação de vacinação contra a Covid-19, no âmbito do SUS, deve estar focada na homogeneidade da cobertura vacinal, sob pena de risco ao sucesso da campanha nos patamares de cobertura necessários à retomada da vida cotidiana que tanto a sociedade brasileira aguarda. Eles acreditam que "a homogeneidade na cobertura" da vacina é fundamental e que "todo brasileiro deve ter sua dignidade e seu direito à vida respeitados e colocados em primeiro lugar pelas autoridades".

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