O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (17) uma MP (Medida Provisória) que destina R$ 20 bilhões para o Ministério da Saúde, recursos que serão utilizados para a compra de vacinas contra a Covid-19.
- Vacinação da covid-19 em todo 2021 inviabiliza retomada econômica e estoura gastos com novos infectados
- Covid-19: vacina deve ser garantida a países mais pobres, defende ONU
- Apesar de discurso de Bolsonaro, equipe econômica defende vacina contra covid-19
- É impossível que vacina cause alterações genéticas, dizem especialistas
- Pernambuco quer vacinar 2,2 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021 contra covid-19
- Segundo governador do Piauí, previsão do governo federal é começar vacinação contra a covid-19 até 21 de janeiro de 2021
- "É preciso paciência". Cientista que foi responsável por Programa Nacional de Imunização comenta vacinação da covid-19
A assinatura ocorreu durante cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, do novo ministro do Turismo, Gilson Machado.
A MP era esperada e o dinheiro deve ser utilizado para financiar o plano nacional de imunização contra o vírus. Segundo o ministro Paulo Guedes (Economia), o valor é necessário para a cobertura da imunização em massa da população.
Segundo o Palácio do Planalto, os R$ 20 bilhões cobrirão as "despesas com a compra das doses de vacina, seringas, agulhas, logística, comunicação e todas as despesas que sejam necessárias para vacinar a população". "Esse montante não é destinado a nenhuma vacina específica e poderá ser utilizado conforme o planejamento e as necessidades do Ministério da Saúde", diz o governo, em nota.
Ainda segundo o Planalto, a liberação do crédito extraordinário permitirá que autoridades adquiram as primeiras vacinas que recebam a certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O governo também explicou que, embora a MP precise do aval do Congresso, o texto tem efetividade imediata e, portanto, os recursos estarão disponíveis imediatamente.
A nova versão do plano nacional de imunização foi apresentada na quarta (16).
O lançamento ocorreu em meio à politização da vacinação e com Bolsonaro capitaneando um discurso que coloca dúvidas sobre a imunização.
O Ministério da Saúde também anunciou na quarta a inclusão da Coronavac, do instituto Butantan, na lista de adesão do Brasil às vacinas.
A lista cita ainda as vacinas de Oxford, Pfizer BioNTech, Bharat Biotech, Moderna e Janssen, além do consórcio da Covax Facility, da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Comentários