vacina

Governadores cobram de Bolsonaro compra de doses adicionais da Coronavac

Pedido foi feito por meio de um documento, que pede ainda que, na impossibilidade de aquisição pelo governo federal, "seja viabilizada a opção de compra por parte dos Estados brasileiros, conforme anteriormente aventado"

Imagem do autor
Cadastrado por

Estadão Conteúdo

Publicado em 29/01/2021 às 14:19
Notícia
X
O governador Wellington Dias (PT), do Piauí, enviou nesta quinta-feira, 28, uma carta oficial ao presidente Jair Bolsonaro solicitando a compra de um lote adicional de 54 milhões de doses da vacina Coronavac, contra a covid-19. O documento foi assinado em nome do Fórum Nacional de Governadores e pede ainda que, na impossibilidade de aquisição pelo governo federal, "seja viabilizada a opção de compra por parte dos Estados brasileiros, conforme anteriormente aventado".
Nesta sexta-feira, 29, o governador João Doria (PSDB/SP) estipulou que o governo federal se manifestasse sobre a compra das 54 milhões de doses até o dia 5 de fevereiro. Caso contrário, elas serão oferecidas diretamente aos Estados e municípios. Até o momento, o Ministério da Saúde já tem garantido um lote de 46 milhões de doses da Coronavac, que devem ser entregues pelo Instituto Butantan até o final de abril.
No documento assinado pelo Fórum Nacional de Governadores, Dias pede ainda que o governo federal compre outras 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca e as distribua aos Estados. De acordo com ele, esse total, incluindo a compra do Butantan, seria o suficiente para aproximadamente metade da população.
Até o momento, a próxima remessa de distribuição do governo federal está marcada para 3 de fevereiro, com 3,2 milhões de doses da Coronavac. A carta também solicita um cronograma oficial de entrega das doses, "o que possibilitaria aos Estados e municípios maior capacidade de planejamento na vacinação", e que o próximo lote chegue às 27 unidades federativas até o dia 7.
Além da compra e distribuição, o fórum também solicitou ao presidente que autorize a utilização de doses reservadas para a segunda aplicação, "a fim de ampliar as condições de atender toda a demanda programada para o público prioritário".
Na quinta-feira, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou em entrevista à rádio CBN que a pasta tem até o dia 30 de maio para decidir sobre a compra de doses adicionais.
 

Tags

Autor