Deputado federal

Não há dúvida de que o setor mais prejudicado na pandemia é o de eventos, diz Carreras

O deputado disse que o foco é cobrar a vacinação para que o setor funcione com normalidade

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Cássio Oliveira

Publicado em 16/02/2021 às 10:49 | Atualizado em 16/02/2021 às 11:16
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O deputado federal Felipe Carreras (PSB) disse, nesta terça-feira (16), não haver dúvidas de que o setor de eventos foi o mais prejudicado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). "A categoria se preparou para voltar em setembro, mas veio a segunda onda e o setor não voltou, foi proibido de funcionar. É um setor que gera 600 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos. São músicos, produtores, pessoal de iluminação, além de convenções turísticas, que empregam porteiro, carregador, limpeza. Muita gente na cadeia produtiva está parado. O Estado precisa de olhar para a área", destacou o deputado em entrevista à Rádio Jornal.

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Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para um projeto do parlamentar pernambucano que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), com o objetivo de auxiliar o setor a reduzir perdas em razão da pandemia. O projeto prevê o parcelamento de débitos de empresas do setor de eventos com o Fisco federal, além de outras medidas como isenção de tributos e linhas de crédito com juros de 3,5% mais a taxa Selic. O parcelamento poderá ser em até 120 vezes, em pagamentos mensais, segundo o projeto. A aprovação da urgência é necessária para que o projeto possa ser votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões. Sem esse recurso a tramitação é mais lenta. A relatora é a deputada Renata Abreu (Podemos-SP).

"A expectativa, com o projeto, é amenizar o sofrimento de muita gente que quebrou e não tem condição de pagar os débitos. Quem quer voltar, não tem perspectiva, infelizmente, o governo federal não tem se comportado como a população queria, e esse setor só volta com à normalidade com a vacinação da população", destacou Carreras. Ele ainda lembrou que a ideia não é perdoar as dívidas, mas criar parcelas para facilitar o pagamento. "Muita gente não tá conseguindo pagar. A proposta é parcelar para que tenham certidão negativa e possam contrair empréstimos", afirmou. A expectativa do parlamentar é de que a proposta seja votada na próxima quinta-feira.

Como forma de evitar aglomerações, governos municipais e estaduais suspenderam shows e apresentações artísticas, inclusive agora, no período em que seria realizado o Carnaval. "O objetivo é cobrar a vacinação, para esse setor funcione com normalidade. Alguns governos têm tomado medidas mais drásticas, mas não vamos questionar medidas impostas por autoridades. O foco é a vacinação", concluiu.

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