Rodrigo Maia volta a defender que Paulo Câmara se candidate à Presidência da República
Segundo o ex-presidente da Câmara dos Deputados, uma chapa competitiva no próximo ano seria encabeçada por um governador do Nordeste com um membro da centro-direita como vice
Em entrevista ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube, nesta terça-feira (11), o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltou a defender o nome do governador Paulo Câmara (PSB) para disputar a Presidência da República em 2022. Mesmo dizendo acreditar que a centro-direita será o caminho "menos engarrafado" no próximo pleito, o democrata afirmou que apoiaria a postulação do socialista, a qual acredita que seria um fator facilitador da viabilidade de uma terceira via na corrida eleitoral.
"A minha tese é que nós deveríamos ter um governador do Nordeste encabeçando uma chapa e unificando todo mundo, com um vice do nosso campo (centro-direita). (...) Paulo Câmara tem todos os predicados para ser candidato a presidente, se o PSB não desorganizar esse jogo eu acho que é uma alternativa, porque ele dialoga bem com todo mundo. (...) Se ele colocar o seu nome, eu serei um dos entusiastas para tentar construir um apoio junto com ele. Gosto e admiro", garantiu Maia.
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Esta não é a primeira vez que o parlamentar cita o governador pernambucano ao mencionar os nomes da sua preferência na eleição presidencial de 2022. No fim de dezembro do ano passado, por exemplo, ele já havia falado de Paulo durante uma entrevista à Folha de S. Paulo. "Acho que (Luciano Huck e João Doria) são dois ótimos nomes. Tem o próprio ACM Neto, que é um ótimo nome. Tem o Ciro Gomes (PDT), que é um ótimo nome, o Paulo Câmara está terminando o governo, quem sabe ele também não quer participar. Acho que a gente tem que dialogar", afirmou, na ocasião.
Ainda falando sobre a eleição do próximo ano, Maia afirmou na entrevista que diante de um segundo turno entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em hipótese alguma voltaria a votar no militar da reserva.
"(Em 2018) No segundo turno, eu votei em Bolsonaro. Não digo que errei, porque todo mundo conhece o Bolsonaro, ele estava na política há muitos anos. Errei de acreditar que a política econômica do Paulo Guedes fosse aquilo que eu imaginava. Por tudo que o Brasil está passando, por tudo o que eu vivi por dentro, como presidente da Câmara, é impossível que no segundo turno eu consiga votar no Bolsonaro contra o Lula, contra o Ciro, contra o Doria, contra qualquer candidato. Até porque todos os que eu citei têm serviços prestados à sociedade e são gestores de melhor qualidade do que o presidente Bolsonaro", cravou o parlamentar.