De saída
DEM anuncia expulsão de Rodrigo Maia por infração disciplinar
Considerando os meses recentes, Rodrigo Maia é a terceira autoridade a deixar o DEM
A executiva nacional do Democratas anunciou nesta segunda-feira (14), que optou pela expulsão do ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ). Em nota, o partido informou que, "após garantir o amplo direito de defesa ao parlamentar, os membros da Executiva apreciaram o voto da relatora, deputada Prof. Dorinha". "A comissão nacional, à unanimidade de votos, deliberou pelo cometimento de infração disciplinar, e consequente expulsão do deputado", comunica o texto.
- Maia elogia Lula e diz que Bolsonaro é um ''acidente da história''
- ''Tratoraço'' e Codevasf influenciaram traição a Maia na eleição da Câmara dos Deputados
- Rodrigo Maia volta a defender que Paulo Câmara se candidate à Presidência da República
- Brasil está virando uma Venezuela, diz Maia sobre caso Pazuello
Os atritos entre Maia e o partido, presidido pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, cresceram desde que a sigla decidiu apoiar para a sucessão de Maia na presidência da Casa o indicado pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), no lugar de Baleia Rossi (MDB-SP). No mês passado, o deputado Arthur Maia (DEM-BA) havia indicado que a situação havia se tornado insustentável após fortes críticas de Maia ao dirigente da sigla. "Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta", declarou na ocasião Arthur Maia nas redes sociais.
À época do pedido de desfiliação do partido, Maia se referiu a ACM Neto como "malandro baiano" e disse que "esse baixinho não tem caráter".
Considerando os meses recentes, Rodrigo Maia é a terceira autoridade a deixar o DEM: em maio, tanto o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, quanto o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciaram que se desligariam da sigla. Na sequência, Garcia anunciou a filiação ao PSDB, enquanto Paes foi para o PSD. (Colaboraram: Pedro Venceslau e Matheus de Souza)