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Bolsonaro refuta acusações de corrupção e defende Pazuello: 'Propina, é pelado na piscina'

'Se eu estivesse na Saúde, eu teria apertado a mão daqueles caras todos', disse o presidente sobre reunião do ex-ministro com empresa intermediária

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Estadão Conteúdo

Publicado em 18/07/2021 às 15:54 | Atualizado em 18/07/2021 às 16:04
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O presidente Jair Bolsonaro procurou neste domingo (18) refutar acusações de corrupção de seu governo na compra de vacinas. Ele voltou a atacar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid e defendeu o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, visto em vídeo com representantes de fabricantes de vacina que atuavam em negociação sob suspeita de superfaturamento, no gabinete do então segundo nome da Saúde, coronel Elcio Franco.

O presidente teve alta médica na manhã deste domingo (18), em seu quinto dia de internação em São Paulo para tratar uma obstrução intestinal. Na saída, parou para conversar com a imprensa. "Se fosse algo superfaturado, ele (Pazuello) estaria dando entrevista?(...) Brasília é o paraíso dos lobistas", disse Bolsonaro, afirmando que, no entanto, nenhum dos que tentou superfaturar vacinas logrou êxito com seu governo. "É motivo de orgulho para mim saber que esses contatos não deram mais um passo."

Falando com os jornalistas que o aguardavam na saída do hospital o tempo todo sem máscara, Bolsonaro frisou que já na largada estabeleceu duas condições para a negociação de vacinas, "passar pela Anvisa e só pagar quando chegar". Ele acusou a imprensa de "ma fé" ao divulgar acusações por "aquilo que não compramos, pelo que não pagamos" e rechaçou a pecha de "genocida", afirmando que procura salvar vidas. Na entrevista, o presidente defendeu a atuação de seu ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do coronel Elcio Franco, destacando que não saiu um único centavo para lobistas sob a gestão dos dois.

"Se eu estivesse na Saúde, eu teria apertado a mão daqueles caras todos. O receber (os representantes)... ele não estava sentado à mesa. Geralmente, teria uma fotografia dele sentado à mesa e negociando. E se fosse propina, não daria entrevista, meu Deus do céu, não faria aquele vídeo. Geralmente quando se fala em propina, é pelado e dentro da piscina", disse o presidente.

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