Investigado por tráfico de influência, filho de Bolsonaro fez permuta para se hospedar em Porto de Galinhas, diz O Globo
O empresário passou uma temporada de seis dias no Nordeste
Em sua passagem de seis dias pelo Nordeste, o filho do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), Jair Renan Filho, se hospedou no início deste mês, em uma casa de veraneio à beira mar em Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco. A diária da chamada "casa dos sonhos", com dois andares, sete quartos (três suítes), piscina e outros confortos disponíveis para até 20 pessoas, custa R$ 2,5 mil, entretanto, o filho do presidente fechou uma permuta com a administração do local.
De acordo com as informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a permuta foi fechada para a estada de apenas uma noite em troca de um publipost nas redes sociais de Renan Bolsonaro, que tem mais 505 mil seguidores no Instagram. Ele também esteve nas cidades de Olinda, Recife e em Maragogi (AL). Na cidade alagoana, Renan fez um post publicitário mostrando as dependências do Hotel Areias Belas, que não informou se teria fechado parceria no formato de permuta, segundo O Globo. No hotel, a diária dos quartos custa mais de R$ 500, em média, na temporada atual.
- Bolsonaro volta a ameaçar pleito de 2022 e fala em 'eleições sujas'
- 'Se eu estivesse coordenando a pandemia, menos pessoas morreriam', diz Bolsonaro
- 'Se eu perder o apoio popular, acabou', diz Bolsonaro a apoiadores
- Joice Hasselmann dá nome de dois suspeitos por suposta agressão, diz que um deles é parlamentar e cita ''GSI paralelo’’
- Carla Zambelli quer proibir demissão por justa causa para quem não se vacinar contra covid-19
Apelidado de Zero Quatro, Jair Renan Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal (PF) por tráfico de influência. Há suspeita de que ele tenha utilizado a sua proximidade com o governo federal para se beneficiar através da própria empresa de eventos. Entre os projetos que estão sob a tutela da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídias, está um camarote no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Com o início das apurações pela PF, a divulgação do espaço, pelas redes sociais, foi suspensa.