Eleições 2022

'Posso disputar', diz Daniel Coelho sobre eleição para o Senado em chapa encabeçada por Raquel Lyra

Segundo o parlamentar, essa composição só se confirmaria se por acaso ele fosse convocado pela oposição a ocupar esse posto

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Renata Monteiro

Publicado em 18/08/2021 às 15:54 | Atualizado em 18/08/2021 às 15:56
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Deputado federal e presidente estadual do Cidadania, Daniel Coelho afirmou, na manhã desta quarta-feira (18), que estaria disposto a disputar o Senado numa possível chapa encabeçada pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), mas que não reivindicará esse espaço na majoritária, pois seu apoio à postulação da tucana em 2022 é "incondicional". Segundo o parlamentar, essa composição só se confirmaria se por acaso ele fosse convocado pela oposição a ocupar esse posto.

"O meu apoio a Raquel é incondicional. Considerando isso, a composição que mais agregar força política a Raquel é a que ela deve fazer. Eu e o Cidadania não precisamos de lugar na chapa para apoiá-la, nós a apoiamos porque ela é a mais preparada, a mais competente, tem uma gestão impecável, é uma mulher jovem, de uma família que tem tradição de honestidade e defesa da democracia, é a melhor candidata. Se eu for convocado para disputar a eleição para o Senado e for o melhor para ela, eu posso disputar, mas nós não vamos pleitear isso, não vamos brigar por isso", declarou Daniel, em entrevista à Rádio Clube.

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No último sábado (14), logo após a visita do governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à presidência da República Eduardo Leite (PSDB) a Pernambuco, Daniel formalizou, em Caruaru, o apoio do Cidadania à postulação de Raquel em 2022, caso a gestora municipal decida disputar o Governo do Estado. Além dela, o grupo de oposição que concorreu às eleições unido em 2018 tem outros dois pré-candidatos, os prefeitos de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), e de Petrolina, Miguel Coelho (MDB). A frente não decidiu ainda se sairá com apenas um ou mais nomes no pleito do ano que vem.

Na visão de Daniel, o coletivo deveria considerar o lançamento de duas candidaturas, a de Raquel, mais ao centro, e uma outra, ligada ao bolsonarismo. "A oposição precisa ter dois palanques, até porque no Estado nós temos hoje duas forças políticas que se opõem ao governo do PT e do PSB: há os que apoiam o projeto de reeleição de Bolsonaro e quem está na oposição aqui no Estado e não quer a reeleição do presidente. Eu acho que esses dois palaques devem estar representados em Pernambuco. Raquel é um nome que se opõe ao governo estadual, mas não vai apoiar a reeleição de Bolsonaro. Esse é um palanque que já está consolidado. É necessário que aqueles que defendem a reeleição de Bolsonaro também tenham candidato para haver clareza e para que o eleitor tenha opções", detalhou o deputado.

Apesar desse posicionamento, o parlamentar pernambuco afirmou que Raquel deve tentar formar uma frente ampla para a sua postulação, muito embora creia que a sua candidatura será colocada mesmo que isso não ocorra. "Eu acho que Raquel deve tentar ter o máximo de apoios possíveis, a gente tem que ter um palanque aberto, tentar agregar aqueles que apoiem a sua candidatura, mas acho que ela deve ser candidata independentemente de quantos partidos estejam nessa coligação. Ela é um excelente nome e apesar de o Recife ser a capital e Caruaru não, em todas as pesquisas que se faça hoje Raquel já aparece na frente do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB), que é o provável candidato no campo do governo. É muito difícil um candidato do governo largar na frente, ainda mais esse candidato vindo do interior do Estado e Raquel já surpreende", observou Daniel.

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