ATENTADO

Bolsonaro relembra facada e diz que, se preciso, dá "a vida pela liberdade"

"Há exatos três anos tentaram me matar. Agradeço a Deus pela sobrevivência. Hoje, se preciso for, a vida pela liberdade", disse o presidente

Imagem do autor Imagem do autor
Cadastrado por

Amanda Azevedo, Estadão Conteúdo

Publicado em 06/09/2021 às 16:14 | Atualizado em 06/09/2021 às 16:22
Notícia
X

Em uma publicação nas redes sociais, nesta segunda-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) relembrou o atentado que sofreu há três anos, em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

"Há exatos três anos tentaram me matar. Agradeço a Deus pela sobrevivência. Hoje, se preciso for, a vida pela liberdade", disse o presidente.

Por causa da facada, o presidente já passou por alguns procedimentos cirúrgicos. O primeiro foi feito ainda na Santa Casa de Juiz de Fora. Depois, o então candidato foi transferido para o Hospital Albert Einstein e passou a ser acompanhado pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo.

Adélio Bispo

Adélio Bispo, autor da facada, está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande desde setembro de 2018. As investigações policiais realizadas que já se debruçaram sobre o crime concluíram que Adélio Bispo agiu de forma isolada e que sofre de graves problemas mentais.

Em 5 de agosto deste ano, por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão virtual, manteve decisão que negou transferir Adélio Bispo para um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico em Minas Gerais.

No julgamento, os ministros analisaram um habeas corpus impetrado pela defesa de Adélio contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o manteve na Penitenciária Federal de Campo Grande. Na ocasião, a corte entendeu que o local cumpria as exigências legais para o caso, uma vez que conta com Unidade Básica de Saúde e com atendimento médico psiquiátrico.

Ao Supremo, a defesa reiterou o argumento da inadequação do estabelecimento e a existência de vagas no Hospital Psiquiátrico Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (MG), e a presença de outros estabelecimentos adequados em Minas Gerais. As informações foram divulgadas pela corte.

O relator do recurso, ministro Kassio Nunes Marques, já havia negado a transferência do esfaqueador de Bolsonaro para o hospital psiquiátrico - e reforçou seu entendimento perante a Segunda Turma.

O ministro ponderou que o Código Penal estabelece, em regra, que a medida de segurança deve ser cumprida em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, mas que, na falta desse tipo de local ou na inexistência de vaga, a pena poderá ser cumprida em outro estabelecimento adequado.

Na avaliação do relator, as instâncias ordinárias deram cumprimento ao disposto Código Penal, considerando que, na falta de vagas em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou de outro estabelecimento adequado em Minas Gerais, Adélio foi transferido para o estabelecimento federal, onde, segundo os autos, recebe tratamento em conformidade com a lei.

Tags

Autor