INTERVENÇÕES

Relembre as cirurgias do presidente Jair Bolsonaro desde a facada

Bolsonaro já foi submetido a várias cirurgias para corrigir sequelas da facada que sofreu durante um ato de campanha em setembro de 2018

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Larissa Lira, AFP

Publicado em 15/07/2021 às 1:42 | Atualizado em 15/07/2021 às 2:09
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Desde que foi vítima de uma facada em 2018, durante campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), 66 anos, já passou por quatro cirurgias em decorrência do ataque. Nesta quarta-feira (14), ele foi internado com um quadro de obstrução intestinal. Os médicos, até o momento, descartam a possibilidade de uma nova intervenção cirúrgica. 

Relembre os procedimentos 

6 de setembro de 2018

A primeira Bolsonaro sofreu um atentado a face e passou por cirurgia em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 6 de setembro de 2018. O presidente teve lesões nos intestinos delgado e grosso.

12 de setembro de 2018

Depois, Bolsonaro foi transferido para São Paulo e precisou fazer uma segunda cirurgia em 12 de setembro de 2018. Essa foi para tratar a obstrução do intestino e para corrigir uma hérnia no lado direito da parede abdominal. 

28 de janeiro de 2019

Em 28 de janeiro de 2019, o presidente sofreu a terceira intervenção cirúrgica. Desta vez, para retirar a bolsa de colostomia colocada depois da facada.

8 de setembro de 2019

 A última cirurgia devido ao atentado aconteceu em 8 de setembro de 2019 para corrigir uma hérnia na cicatriz de procedimento anterior. 

Outros procedimentos 

Além das intervenções cirúrgicas realizadas decorrentes da facada, o presidente Jair Bolsonaro também passou por mais duas cirurgias durante o seu mandato. A primeira, em 30 de janeiro de 2020, foi uma vasectomia, procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos. A segunda, em setembro do mesmo ano, foi para retirar uma pedra na bexiga. 

Bolsonaro internado em São Paulo

Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", relatou o hospital privado Vila Nova Star no boletim, assinado pela equipa médica chefiada pelo Dr. Antônio Macedo.

NELSON ALMEIDA/AFP
Chegada de Bolsonaro a hospital em São Paulo - NELSON ALMEIDA/AFP

Bolsonaro foi transferido no fim da tarde, em um avião da Força Aérea, de Brasília para o aeroporto de Congonhas, de onde foi levado de ambulância para o hospital particular.

Macedo, que operou o presidente quando ele foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, "constatou uma obstrução intestinal e decidiu transferi-lo para São Paulo, onde ele fará exames complementares para definir a necessidade" de cirurgia, informou o Palácio do Planalto.

Bolsonaro havia dado entrada pela manhã no Hospital das Forças Armadas, para investigar a causa de um soluço persistente, segundo outra nota oficial.

"Pessoal, estou sem voz. Se eu começar a falar muito, volta a crise de soluço. Já voltou o soluço", disse o presidente ontem, aparentando cansaço, a um grupo de apoiadores reunidos em frente ao Palácio da Alvorada.

 O presidente foi admitido na manhã desta quarta-feira em Brasília na unidade de terapia intensiva e "chegou a ser intubado por precaução", declarou à rádio Jovem Pan seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.

A internação de Bolsonaro ocorre em um contexto de crise política e de erosão de sua popularidade, com denúncias de corrupção em contratos negociados por seu governo para enfrentar a pandemia do coronavírus, que já deixou quase 540 mil mortos no país.

Além disso, uma CPI no Senado investiga as supostas omissões de seu governo na luta contra o coronavírus há quase três meses e nesta quarta-feira foi prorrogada por mais 90 dias.

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