Relembre as cirurgias do presidente Jair Bolsonaro desde a facada
Bolsonaro já foi submetido a várias cirurgias para corrigir sequelas da facada que sofreu durante um ato de campanha em setembro de 2018
Desde que foi vítima de uma facada em 2018, durante campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), 66 anos, já passou por quatro cirurgias em decorrência do ataque. Nesta quarta-feira (14), ele foi internado com um quadro de obstrução intestinal. Os médicos, até o momento, descartam a possibilidade de uma nova intervenção cirúrgica.
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Relembre os procedimentos
6 de setembro de 2018
A primeira Bolsonaro sofreu um atentado a face e passou por cirurgia em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 6 de setembro de 2018. O presidente teve lesões nos intestinos delgado e grosso.
12 de setembro de 2018
Depois, Bolsonaro foi transferido para São Paulo e precisou fazer uma segunda cirurgia em 12 de setembro de 2018. Essa foi para tratar a obstrução do intestino e para corrigir uma hérnia no lado direito da parede abdominal.
28 de janeiro de 2019
Em 28 de janeiro de 2019, o presidente sofreu a terceira intervenção cirúrgica. Desta vez, para retirar a bolsa de colostomia colocada depois da facada.
8 de setembro de 2019
A última cirurgia devido ao atentado aconteceu em 8 de setembro de 2019 para corrigir uma hérnia na cicatriz de procedimento anterior.
Outros procedimentos
Além das intervenções cirúrgicas realizadas decorrentes da facada, o presidente Jair Bolsonaro também passou por mais duas cirurgias durante o seu mandato. A primeira, em 30 de janeiro de 2020, foi uma vasectomia, procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos. A segunda, em setembro do mesmo ano, foi para retirar uma pedra na bexiga.
Bolsonaro internado em São Paulo
Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", relatou o hospital privado Vila Nova Star no boletim, assinado pela equipa médica chefiada pelo Dr. Antônio Macedo.
Bolsonaro foi transferido no fim da tarde, em um avião da Força Aérea, de Brasília para o aeroporto de Congonhas, de onde foi levado de ambulância para o hospital particular.
Macedo, que operou o presidente quando ele foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, "constatou uma obstrução intestinal e decidiu transferi-lo para São Paulo, onde ele fará exames complementares para definir a necessidade" de cirurgia, informou o Palácio do Planalto.
Bolsonaro havia dado entrada pela manhã no Hospital das Forças Armadas, para investigar a causa de um soluço persistente, segundo outra nota oficial.
"Pessoal, estou sem voz. Se eu começar a falar muito, volta a crise de soluço. Já voltou o soluço", disse o presidente ontem, aparentando cansaço, a um grupo de apoiadores reunidos em frente ao Palácio da Alvorada.
O presidente foi admitido na manhã desta quarta-feira em Brasília na unidade de terapia intensiva e "chegou a ser intubado por precaução", declarou à rádio Jovem Pan seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.
A internação de Bolsonaro ocorre em um contexto de crise política e de erosão de sua popularidade, com denúncias de corrupção em contratos negociados por seu governo para enfrentar a pandemia do coronavírus, que já deixou quase 540 mil mortos no país.
Além disso, uma CPI no Senado investiga as supostas omissões de seu governo na luta contra o coronavírus há quase três meses e nesta quarta-feira foi prorrogada por mais 90 dias.