Protesto contra Jair Bolsonaro convocado por grupos de centro-direita tem baixa adesão no Recife
A convocação foi feita por grupos como Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Livres, mas, após falas antidemocráticas proferidas pelo presidente nos atos de 7 de setembro, pessoas de outros espectros políticos se uniram ao coro
O protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acontece neste domingo (12) no Marco Zero do Recife, Centro da cidade, com baixa adesão de manifestantes. A convocação foi feita por grupos de centro-direita, como Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Livres, mas, após falas antidemocráticas proferidas pelo presidente nos atos de 7 de setembro, pessoas e partidos de outros espectros políticos se uniram ao coro.
Militantes mais à esquerda, como os do Partido Democrático Trabalhista (PDT), marcaram presença. Apesar do Partido Socialista Brasileiro (PSB) ter chamado apoiadores para participar do protesto, poucos estiveram no ato. Alguns adeptos ao Partido dos Trabalhadores (PT) foram, apesar da presidente Gleisi Hoffmann ter negado o convite da organização.
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Apoiador do ex-presidente Lula (PT), o professor Jarbas Luciano de Souza, 64, foi ao protesto por acreditar na necessidade da união para tirar Bolsonaro do poder. "Vim aqui hoje para tirar Bolsonaro, é o objetivo principal. É um homem que não tem capacidade nem de ser vereador, quanto mais presidente da república. O colocaram lá e deram um tiro no pé. Eu sou Lula, mas caso ele não se eleja, tem que ser qualquer outro menos Bolsonaro", defendeu.
O grupo se concentrou no Marco Zero e fez uma pequena caminhada pela Boulevard Rio Branco. Não foram permitidos trios elétricos ou carros de som no protesto.
O coordenador do MBL em Pernambuco, Izaque Costa, explicou que o grupo fez convite aos partidos de esquerda com o propósito de unir forças contra as "ameaças" do presidente. "A gente quer tirar um presidente antidemocrático e voltar à normalidade constitucional. Estamos pedindo um impeachment. [...] Houve negligência no combate à pandemia, uma política direcionada em uma dicotomia entre economia e saúde, onde a economia foi cuidada, mas a saúde foi negligenciada e por conta disso 500 mil pessoas morreram", afirmou.