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Por onde anda Sérgio Reis um mês após operação da PF contra ele?

Desde a ação policial, o cantor já foi internado, prestou depoimento à PF e fez homenagens a Luiz Gonzaga e Dominguinhos

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Marcelo Aprígio

Publicado em 20/09/2021 às 9:42 | Atualizado em 20/09/2021 às 9:57
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Alvo de operação da Polícia Federal (PF), há um mês, o cantor Sérgio Reis pouco usou as redes sociais desde 20 de agosto, dia da ação policial, na qual mandados de busca e apreensão foram cumpridos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De lá para cá, apenas quatro publicações foram feitas em seu perfil oficial no Instagram. Dessas, somente uma teve alguma conotação política. Na postagem, o artista investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) compartilhou uma foto de três crianças segurando um cartaz com a frase “Sérgio Reis, obrigado por lutar por nós”. Na legenda, o cantor escreveu que as crianças são “a esperança do Brasil”.

 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Se?rgio Reis (@serjaooficial)

As outras três publicações tiveram relação com as paixões de Reis: cachaça e música. No último post, que foi ao ar nesse domingo (19), o cantor relembrou parcerias e fez uma homenagem aos saudosos artistas pernambucanos Luiz Gonzaga e Dominguinhos, a quem Sérgio chamou de amigos.

"Foi uma honra ter gravado, feito shows e ter convivido em muitos momentos com meus amigos Luiz Gonzaga e Dominguinhos”, escreveu o sertanejo.

Depoimento

A baixa presença de Sérgio Reis, que também é ex-deputado, nas redes sociais, contudo, não afastou as investigações sobre o envolvimento do cantor em atos antidemocráticos. No dia 25 de agosto, o ex-parlamentar prestou depoimento à PF. Na oitiva, ele afirmou que esteve em agosto no Palácio do Planalto a convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para almoçar e que se recorda que participaram do evento o cantor Eduardo Araújo e os comandantes das Forças Armadas.

Questionado se tratou das manifestações do 7 de setembro durante o almoço, ele negou. Disse que as conversas foram triviais e que se lembra apenas de ter falado com o comandante da Aeronáutica sobre aeronaves, tendo em vista ser também piloto. As assessorias das três Forças, porém, negam que os comandantes se encontraram com Sérgio Reis.

Sobre o áudio que gravou e foi compartilhado, no qual diz que os participantes do movimento de 7 de setembro iriam “invadir, quebrar tudo e tirar os ministros do Supremo na marra”, Sérgio Reis declarou que esse áudio foi encaminhado a um amigo, e que acredita que esse amigo compartilhou esse áudio com terceiros.

Cancelamento

Quando as falas de Sérgio Reis viralizaram, o cantor se tornou alvo de cancelamento. Por causa disso, perdeu trabalhos e teve a gravação de um disco descartada. A esposa do cantor, ngela Bavini, comentou sobre o assunto em entrevista à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. Ela havia afirmado que o sertanejo de 81 anos estava deprimido, passando mal e com uma crise de diabetes após a repercussão de suas palavras: "O Sérgio foi induzido por pessoas que dizem estar em um movimento tranquilo. No fim, todo mundo vaza [desaparece], e sobra para ele, que é uma celebridade".

Os problemas de saúde de Reis se agravaram ao longo do último mês e ele precisou ser internado. No final de agosto, ele deu entrada em um hospital de São Paulo com um quadro de prostatite, uma infecção na próstata. Na unidade de saúde, ele passou quatro dias e, após receber alta, continuou o tratamento em casa.

Para tentar ajudar o veterano da música, artistas como Zezé Di Camargo e Paula Fernandes declararam que estavam dispostos a gravarem um disco com o cantor. No caso da mineira, a cantora afirmou que a decisão foi puramente por gratidão e respeito enquanto que, Zezé tem a mesma linha de pensamento político que Reis e também já incentivou o povo a comparecer em manifestações bolsonaristas.

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