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Marcos Pontes diz que corte no orçamento da Ciência e Tecnologia foi "falta de consideração" do governo Bolsonaro

"Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos", alerta o ministro Marcos Pontes

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Mirella Araújo

Publicado em 11/10/2021 às 13:49 | Atualizado em 11/10/2021 às 15:23
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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, não escondeu sua insatisfação com os cortes no orçamento do governo federal destinados à pesquisa científica no Brasil. Ele criticou o pedido feito pelo Ministério da Economia, aprovado pelo Congresso Nacional, no dia 7 de outubro, para que cerca de R$ 600 milhões que seriam encaminhamos para o setor da ciência e tecnologia, fossem remanejados para outros ministérios do governo Bolsonaro. O aumento de recursos que seria de R$ 690 milhões passou para R$ 89,8 milhões.

“Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade. Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente”, declarou Marcos Pontes, em publicação no Twitter, nesse domingo (10).

 

A fala crítica do ministro repercutiu na redes sociais e algumas pessoas sugeriram que Marcos deveria pedir para sair do Ministério da Ciência. Outras ironizaram o fato dele estar criticando o governo do qual faz parte.

Com o corte, a pasta perdeu 90% do seu orçamento, incluindo recursos que serviriam para o pagamento de bolsas de pesquisa, o que pode impactar projetos em andamento A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), junto com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), assinaram uma nota em conjunto afirmando que vão recorrer dessa decisão.

"Apelamos a todos os parlamentares para que seja dado um basta nos desvios de recursos da ciência brasileira. O Brasil precisa de ciência, precisa de tecnologia, precisa de inovação, precisa de educação. E é inaceitável que os recursos destinados para o setor sejam desviados para outras funções, à revelia da legislação", declaram as instituições.

 

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