Equidade de gênero

Crea-PE lança programa para incentivar o protagonismo feminino nas engenharias, agronomia e geociências

Com a iniciativa, a entidade "busca a equidade de gênero no campo profissional, com a criação de políticas e programas atrativos e que deem destaque às mulheres"

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JC

Publicado em 30/09/2021 às 16:11 | Atualizado em 01/10/2021 às 10:14
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Atualizada às 22h14

Para ampliar o protagonismo feminino nas engenharias, agronomia e geociências, o Crea-PE lançou nesta quinta-feira (30), às 17h, no auditório da sua sede, o Programa Mulher Pernambuco. A iniciativa busca a equidade de gênero no campo profissional, com a criação de políticas e programas atrativos e que deem destaque às mulheres. O lançamento, em formato híbrido, teve transmissão ao vivo pela TV Crea-PE e contou com a participação da vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB), da vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão (PDT), e da deputada federal Marília Arraes (PT).

Conforme informações repassadas pelo conselho, hoje, apenas 15% dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea e Mútua são mulheres, e a equidade de gênero na área passa necessariamente pela melhoria nesse percentual. "O Programa Mulher tem como desafio principal buscar caminhos para estimular a participação feminina como autoras principais dentro do sistema. A iniciativa prevê a formatação de políticas e programas atrativos e que deem destaque às mulheres", explica a entidade, por nota.

Acompanhe o lançamento do programa:

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O Crea-PE explica, ainda, que aqui no Estado o percentual de registradas no órgão está ligeiramente acima do nacional, sendo as mulheres as responsáveis por 20% dos registros na entidade. Atualmente, o conselho tem 66 mil profissionais cadastrados, entre engenheiros, agrônomos, geólogos e tecnólogos.

"Por algum motivo, as mulheres saem da universidade e acabam não exercendo a profissão. A gente quer mostrar que o Crea para elas, atraí-las para o mercado de trabalho, mostrar que há espaço para elas. Existe mercado e elas podem exercer suas funções, e não apenas se graduar", afirmou Eloisa Moraes, conselheira do Crea-PE.

O movimento de captação de mulheres para o Sistema Confea/Crea e Mútua teve início em 2018 e se baseia nas principais diretrizes do Plano Nacional de Política para Mulheres do Governo Federal, além de acordos internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW). O programa também está comprometido com o objetivo de desenvolvimento sustentável número 5 da agenda 2030 da ONU, "porque busca estimular o protagonismo das mulheres na construção de uma sociedade e de um Sistema Confea/Crea cada vez mais justo, igualitário e democrático", diz a entidade.

No lançamento do programa houve uma homenagem a seis profissionais que se destacaram em suas atividades acadêmicas e empresariais. Estavam na lista Maria de Lourdes Alcoforado, engenheira eletricista; Suzana Gico, engenheira civil; Regina Gaudêncio, engenheira civil; Maria do Carmo Sobral, engenheira civil; Marta Lúcia Rolim, engenheira civil; e Maria da Conceição Cabral, engenheira civil.

Para o lançamento, ainda estiveram presentes as representantes do Comitê Nacional do Programa Mulher: Fabyola Resende, engenheira eletricista e segurança do trabalho; Nanci Walter, engenheira ambiental; e Michele Costa Ramos, engenheira mecânica, que também representa o presidente do Confea, Joel Krüger. Além de Giucélia Figueiredo, engenheira agrônoma, representando a Mútua Nacional.

Na ocasião, foi apresentado também o comitê pernambucano do Programa da Mulher, que vai propor e coordenar as atividades de valorização do protagonismo feminino na entidade. O coletivo é formado por Eloisa Moraes, engenheira civil; Giani Camara, engenheira de segurança do trabalho; Jaciara Marques, engenheira de segurança do trabalho; Cláudia Alcoforado, engenheira civil; Roberta Meneses, engenheira civil; Pompéia Lins, engenheira eletricista; e Adriano Lucena, engenheiro civil e presidente do Crea-PE.

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