Sertânia

Em tom de pré-campanha, Gilson Machado e Rogério Marinho defendem legado de Bolsonaro durante passagem por Pernambuco

Comitiva presidencial esteve no Sertão pernambucano nesta quinta-feira (21) para a inauguração do Ramal do Agreste

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Renata Monteiro

Publicado em 21/10/2021 às 17:11 | Atualizado em 21/10/2021 às 17:11
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A passagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo Sertão de Pernambuco nesta quinta-feira (21) para a inauguração do Ramal do Agreste ficou marcada, também, pelos discursos inflamados - e de viés eleitoral - de dois dos seus auxiliares, os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do Turismo, Gilson Machado. Ao que tudo indica até o momento, Bolsonaro vai concorrer à reeleição em 2022, mas as últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas o mostram sempre atrás do ex-presidente Lula (PT), seu principal rival.

Na sua fala, Rogério Marinho afirmou que a população acaba desconhecendo os projetos tocados pela União porque a imprensa boicotaria os feitos do presidente. "A publicidade dos atos desse governo muitas vezes é boicotada e não chega ao conjunto da população. Nós temos um governo que tem feito um esforço inaudito para resgatar uma dívida que o Brasil tem para com o Nordeste brasileiro. Um esforço que precisa ser visto, potencializado e lembrado às pessoas para mostrar a diferença de um governo que é sério, competente, trabalhador, que tem compromisso com o povo, diferente dos que passaram recentemente pelo País", afirmou, antes de criticar diretamente o Governo de Pernambuco.

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Pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte, Marinho disse, ainda, que se sente orgulhoso por integrar a equipe do chefe do Executivo federal. "Nós temos orgulho de servir a este governo, porque ele sabe o significado de ser servidor público. Em governos pretéritos, governantes se serviram do povo brasileiro. Nós não, nós servimos ao povo brasileiro e essa é uma diferença que precisa ser ressaltada", cravou.

Um pouco antes, puxando os coro de "mito" e "eu vim de graça" entre os que assistiam ao evento, o pernambucano Gilson Machado usou o microfone para sair em defesa de Bolsonaro. Ele é cotado para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas ou para uma vaga ao Senado.

"O senador Fernando Bezerra disse aqui que essa é uma obra que o senhor (Bolsonaro) não deixou parar. Mas eu vou além, eu digo que essa é uma das 65 mil obras que esse governo tem hoje. Só no Ministério do Turismo são 3.200 obras que esse governo não deixou parar. Porque o dinheiro do brasileiro agora fica no Brasil, não vai mais pra Cuba, para a Venezuela, para a Argentina, para a casa da peste", disparou Gilson.

O ministro do Turismo relembrou, ainda, a última passagem do presidente por Pernambuco, em setembro, quando ele, inclusive, realizou uma motociata no Agreste. Segundo Gilson Machado, aquele teria sido o maior evento político da história pernambucana.

"Nós viemos aqui no dia 4 de setembro e muita gente da imprensa perguntou: 'como você vai fazer um movimento com o presidente Bolsonaro com ele lá embaixo nas pesquisas?'. E eu perguntei: 'Eu renuncio ao meu cargo de ministro amanhã se você me mostrar uma pesquisa em que ele estava na frente em 2018'. E no dia 4 nós fizemos o maior movimento político da história de Pernambuco. Não teve volta de Miguel Arraes do exílio, não teve eleição de Marco Maciel para vice-presidente que reunisse mais de 200 mil pessoas que estavam na rua entre Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru", observou o auxiliar do presidente.

Ramal do Agreste

A obra hídrica é parte de um projeto que envolve ainda a Adutora do Agreste e deve levar água para cerca de 2 milhões de pessoas. O serviço recebeu investimentos de R$ 1,67 bilhão e foi tocada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.

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