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Com discurso em referência a Lula, Bolsonaro diz que PT só concluiu obras no exterior

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está em Sertânia para a inauguração do Ramal do Agreste, acompanhado de ministros e do senador Fernando Bezerra Coelho

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Luisa Farias

Publicado em 21/10/2021 às 15:06 | Atualizado em 21/10/2021 às 15:35
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Em Sertânia, no Sertão de Pernambuco, para a inauguração do Ramal do Agreste, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscou a polarização no seu discurso, com uma série de críticas aos governos do PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de não citar diretamente o seu nome. 

O presidente alegou que o seu governo se deparou com uma série de obras inacabadas oriundas das gestões anteriores do PT. "Agora, o PT realmente foi muito bom, acabou excelentes obras fora do brasil, com dinheiro nosso do BNDES. É metrô em Caracas, é porto em Cuba, aeroporto em Angola e tantas e tantas obras em países comunistas e socialistas. Nós não queremos isso mais para o nosso Brasil", afirmou Bolsonaro.

O presidente tratava sobre obras executadas pela empreiteira Odebrecht no exterior financiadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nos governos de Lula. 

Ele falava sobre a atuação do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), quando fez referência a Lula. No momento, fechou uma pasta que estava segurando, e fez um gesto com as palmas das mãos abertas, mostrando apenas nove dedos. Lula perdeu um dos dedos quando ainda exercia a profissão de metalúrgico. 

"E aquele cara vem dizendo que quer Renan Calheiros presidindo o senado com a eleição dele à presidente da República. O povo brasileiro sabe o que passou ao longo desses 14 anos, o que foi um governo basicamente envolvido em corrupção, do primeiro ao último dia dos seus governos", disse o presidente. 

Depois da afirmação, os presentes no local entoaram as palavras de ordem: "A nossa bandeira jamais será vermelha". 

Bolsonaro também recorreu ao simbolismo das cores verde e amarela, utilizada pelos seus apoiadores nas manifestações e até mesmo nos nomes de programas do governo, como o Casa Verde Amarela. 

"Nós escolhemos o caminho mais difícil. Mas sabemos que na ponta da linha vem a gratidão, vem o reconhecimento, vem o carinho de vocês, e o carinho maior que nós vemos são as mudanças das cores que se vê pelas ruas do Brasil. Cada vez mais o verde e amarelo simbolizando a esperança, o progresso e a honestidade, deixando para trás o vermelho da corrupção, do descaso e do retrocesso. Isso não vai mudar. Cada vez mais verde e amarelo para todos nós", disse. 

Inauguração

Participaram do evento os ministros do Turismo, Gilson Machado, do Trabalho e da Previdência Social, Onyx Lorenzoni, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, além do líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB). 

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